Granizo destruiu toneladas de mirtilo em Sever do Vouga

A forte queda de granizo que caiu na semana passada na região de Sever do Vouga destruiu largas toneladas de mirtilo que se encontravam em fase de maturação.
A intempérie, de proporções nunca vistas nesta região, destruiu ainda citrinos, groselha, maracujá, vinhas e hortícolas e colocou em causa o sustento de muitas famílias.
Para fazer face aos avultados prejuízos, o presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, António Coutinho, apelou às entidades competentes uma ajuda urgente para minimizar os danos do que apelidou de «situação de catástrofe».
«“É necessário e urgente encontrar um tipo de apoio de emergência para podermos minimizar os prejuízos e não colocar em causa o futuro e as instâncias governamentais têm que nos ajudar», sublinhou o autarca de Sever do Vouga.
Em conferência de imprensa realizada, e que contou com a presença da AGIM, Mirtilusa, Bagas de Portugal, entre outras entidades ligadas à comercialização, além de dezenas de produtores afetados, a autarquia comunicou que já foi feito no terreno um primeiro levantamento dos prejuízos e apelou aos proprietários de culturas afetadas que documentem os prejuízos e os façam chegar à autarquia o mais rápido possível.
Câmara Municipal, AGIM e entidades comercializadoras de mirtilo vão entregar ao ministro da Agricultura, Comissão de Agricultura da Assembleia da República e Direção Regional de Agricultura um relatório dos prejuízos causados pelo granizo em todas as culturas do concelho.
Muitos produtores perderam metade da colheita, outros têm 80% do mirtilo perdido e, em alguns casos, a queda anormal de granizo levou à destruição de 100% da colheita para este ano.
No caso de algumas plantações de mirtilo, além da perda total para este ano, também os anos seguintes estão comprometidos devido à destruição das plantas. Para fazer face a esta situação, a AGIM vai lançar um programa de apoio técnico destinado aos produtores afetados para que a recuperação das plantas seja possível.