Agricultura portuguesa mostra-se durante nove dias em Santarém
A Feira Nacional da Agricultura(FNA) abre as portas este sábado (4 de junho) com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para nove dias de mostra da produção nacional, com destaque para a fruta, subsetor que tem vindo a crescer 2,4% anualmente, segundo a organização.
Numa visita guiada aos bastidores do certame, que se realiza numa área de 40 hectares no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, o diretor executivo deste espaço, Vasco Gracias, referiu a importância de mostrar ao país um setor que envolve já uma «componente tecnológica elevadíssima».
O responsável explicou o destaque dado este ano à fruta nacional pela importância que ela tem vindo a assumir nos hábitos alimentares e pelo peso que representa na economia nacional.
«As exportações de fruta ultrapassaram pela primeira vez as do vinho, representando, juntamente com os produtos hortícolas, um volume de negócios agregado superior a mil milhões de euros», frisou.
Com mais de mil expositores, a montagem da feira mobiliza por estes dias alguns milhares de pessoas, sendo já possível observar a aposta feita na decoração e na melhoria dos espaços de circulação, nomeadamente com o sombreamento de algumas ruas, e de estada dos animais.
Com um orçamento que ronda o milhão de euros, o CNEMA dedicou quase 20% desse valor à «animação tradicional», para que não se esqueça a origem do certame, a Feira do Ribatejo (1953), que desde 1963 foi associada à Feira Nacional da Agricultura (FNA).
«É um investimento que não se vê», disse Vasco Gracias, referindo as largadas de touros, este ano a iniciarem-se mais cedo, às 22h00, os concursos e provas de campinos, com cavalos, e os ranchos folclóricos, «uma tradição muito ribatejana» que continua muito presente.
O certame dá também espaço às associações e clubes locais para tasquinhas. A maior aproximação aos consumidores acontece no Salão Prazer de Provar, que ocupa a nave A do CNEMA, onde é possível provar e comprar o melhor da produção nacional.
Aí estarão os vencedores dos concursos de produtos tradicionais, que decorreram ao longo dos últimos meses com a colaboração da Qualifica, e dos vinhos portugueses, promovidos pela ViniPortugal.
Dez restaurantes darão a provar a carne de raças autóctones e a cozinha ribatejana, existindo ainda outros espaços de restauração no pavilhão, dedicado também ao artesanato.
Centenas de animais, equinos, bovinos, suínos, ovinos e caprinos, galinhas poedeiras, ocuparão uma vasta área exterior, onde existe igualmente um pomar, culturas de soja, girassol, luzerna, milho, sorgo, girassol e espaço para demonstrações de máquinas e equipamentos.
Fonte: Lusa
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