Governo garante que medida de amarzenamento de azeite não é problema

Este ano, o mercado do azeite sofreu um decréscimo acentuada devido à quebra nos preços em Portugal e Espanha. A Comissão Europeia adotou uma medida excecional para o armazenamento, que o Governo português defende que não é motivo de alerta.

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Em declarações à Lusa, o Ministério da Agricultura afirmou que a medida não é motivo de alerta para os produtores, tratando-se de uma restrição adotada por Bruxelas com o objetivo de estabilizar preços. «O Ministério da Agricultura não regista qualquer alerta por parte do setor, que está de acordo com a abertura da armazenagem privada, com vista à estabilização dos preços», lê-se na resposta enviada à Lusa. 

Contudo, o Governo admitiu estar disponível para ouvir eventuais comentários sobre a medida por parte dos representantes do setor. Acrescentou ainda acreditar que a próxima campanha será favorável.

O Ministério defende que a medida em causa baseia-se em prudência, de modo a prevenir uma «quebra no mercado dos principais países fornecedores da União Europeia». 

No âmbito do acompanhamento dos mercados agrícolas, o Ministério da Agricultura faz a devida monitorização do setor, quer em termos da evolução da produção, quer ao nível dos preços no produtor, valores que são reportados semanalmente, e sempre que existam, para os serviços da Comissão Europeia”, explicou o Governo. Assim, no mercado nacional, a produção da campanha 2018/2019 caiu 26% face à campanha anterior, no entanto, «as previsões para 2019/2020 apontam para uma boa campanha, 40% superior à anterior».

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu que a ajuda excecional para o armazenamento privado de azeite é uma medida positiva e necessária. 

Por sua vez, a Casa do Azeite vincou que a armazenagem não deixa de ser uma medida artificial, embora espere resultados, e defendeu que o equilíbrio deve fazer-se através do consumo.

Fonte: Observador

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