Glifosato autorizado por sete anos apenas para uso profissional
Na proposta de resolução para renovação do glifosato, votada a 13 de abril de 2016 no Parlamento Europeu, os deputados europeus votaram a favor da renovação do glifosato para sete anos, em vez de 15, e apenas para utilização profissional.

A maioria dos deputados votaram a favor da resolução, com 374 a favor, 225 contra e 102 abstenções.
Os eurodeputados pedem agora uma revisão independente e a publicação de todas as provas científicas que a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) utilizou para a avaliação do glifosato.
«Não sendo uma decisão vinculativa, pois a licença do glifosato expira em Junho do presente ano, o próximo passo passa pela votação, em Maio, do Comité Cientifico competente, que aprovará ou rejeitará a proposta da Comissão, por maioria qualificada. Se tal não acontecer, caberá à Comissão Europeia decidir», informa a Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), em comunicado.
Apesar do resultado da votação, com o qual a ANIPLA se congratula, António Lopes Dias, diretor-executivo, relembra que «o glifosato representa uma ferramenta fulcral para a produtividade e competitividade da agricultura portuguesa».
No entanto, acrescenta, «temos que ter em conta que o processo não está terminado. Na decisão final esperamos que os Estados Membros e a Comissão Europeia tenham em consideração a mensagem de aprovação da renovação do glifosato, do Parlamento Europeu, legítimo representante dos cidadãos da União Europeia».
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