8º Congresso da CNA e da Agricultura Familiar Portuguesa

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Integrando as comemorações do 40º Aniversário, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) realizará, a 15 de abril, o 8º Congresso da CNA e da Agricultura Familiar, no Convento de S. Francisco em Coimbra, sob o lema “Soberania Alimentar, com a Agricultura Familiar”.

O Congresso da CNA contará com 1000 participantes, delegados vindos das Associações filiadas na CNA, de todo o país, e dezenas de convidados em representação de organizações, especialistas de áreas relacionadas com a produção agropecuária e florestal, o Mundo Rural, delegações de Associações de Agricultores de diversos países e da Via Campesina, representantes dos Grupos Parlamentares e da Comissão de Agricultura da Assembleia da República, estando também convidados o Ministro da Agricultura, o Primeiro-Ministro e o Presidente da República.

«Este Congresso realiza-se em condições particularmente difíceis e adversas para a produção, para a Agricultura Familiar, para as populações. A vaga de fogos rurais do último ano atingiu proporções nunca vistas, causou a perda de vidas humanas, destruiu explorações agrícolas e a economia regional, em particular na região centro, com repercussão que durará anos a recuperar, urgindo, mas também tardando já, a tomada de medidas políticas e económicas para que o Mundo Rural não fique ainda mais deserto», salienta a CNA.

E recorda que «as difíceis condições climáticas, e designadamente os períodos de seca, que se têm agudizado nos últimos anos, fizeram com que a área de cereais fosse, no ano passado, a mais baixa dos últimos 100 anos. À gravidade da situação não correspondem medidas imediatas e a médio e longo prazo, pondo em risco a agricultura e a pecuária».

«Para além das forças da natureza, que reage aos atentados que tem sofrido, as políticas de sucessivos governos e da UE, particularmente a PAC, privilegiando o agronegócio capitalista em prejuízo da soberania alimentar, dos direitos e da importância da Agricultura Familiar, do Desenvolvimento Rural e do direito das populações a uma alimentação saudável e de proximidade, assentes na produção nacional, têm mantido Portugal numa situação de dependência alimentar. Eliminaram mais de metade das explorações agrícolas, particularmente as pequenas e médias, enquanto financiam a instalação de grandes empresas agrícolas, nacionais e estrangeiras, na lógica concentracionista do produzir para exportar. O aproximar de mais uma reforma da PAC, e a sua possível renacionalização, aliados ao também anunciado corte orçamental da UE e da PAC, mais não fará do que aprofundar o fosso entre os países ricos com as grandes produções estratégicas e países os mais débeis, o que, associado à proliferação de tratados internacionais, prenunciam um futuro negro para a Agricultura Familiar e a alimentação e exigem do Governo um claro e firme posicionamento político em defesa do interesse nacional», recorda a CNA.

Tudo isto estará em debate no 8.º Congresso da CNA. 

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