Preços dos alimentos puxam pela inflação

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Os preços subiram 0,4% em dezembro, face ao período homólogo, e desceram 0,3% em termos mensais, tendo 2015 registado uma taxa de variação média dos preços de 0,5%, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) em dezembro compara com os 0,6% do mês anterior, enquanto a taxa de variação média de 0,5% no ano passado compara com os -0,3% de 2014.

Excluindo a energia e os bens alimentares não transformados (inflação subjacente), a taxa de variação média passou de 0,1% em 2014 para 0,7% em 2015.

Segundo o INE, além da evolução da inflação subjacente, o aumento da taxa de variação do IPC entre 2014 e 2015 «foi sobretudo determinada pela evolução dos preços dos produtos alimentares não transformados», com a variação média anual deste agregado a passar de -2,1% em 2014 para 1,9% em 2015.

Em sentido oposto, os produtos energéticos contribuíram negativamente para a variação média do IPC em 2015, registando uma taxa de variação de -3,6% em 2015, mais intensa que a observada em 2014 de -1,4%.

Em 2015, o INE dá conta de um crescimento médio anual mais elevado dos preços dos serviços do que o observado para os preços dos bens, com os primeiros a aumentarem 1,3% (0,8% e 0,7%, respetivamente em 2014 e 2013) e os segundos a recuarem 0,1% (-1,1% e 0,0%, respetivamente em 2014 e 2013).

Ao nível das classes de despesa, o INE destaca os contributos positivos para a variação média anual em 2015 dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, com uma inversão de sinal significativa relativamente ao ano anterior, das bebidas alcoólicas e tabaco e das comunicações que registaram contribuições positivas mais expressivas em 2015.

Relativamente às contribuições negativas, destacam-se as do vestuário e calçado e dos transportes, «embora menos intensas que as verificadas em 2014».

Quanto à variação homóloga de 0,4% do IPC em dezembro, segue-se a uma variação de 0,6% em novembro, com o indicador de inflação subjacente a apresentar uma taxa de variação homóloga de 0,5%, valor inferior ao registado em novembro (1,0%).

De acordo com o INE, o agregado dos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação homóloga de -1,5% em dezembro (-3,4% no mês anterior e -6,6% em dezembro de 2014), enquanto o agregado dos produtos alimentares não transformados apresentou uma taxa de variação homóloga de 0,9% (1,0% em novembro e -0,4% em dezembro de 2014).

A um nível mais desagregado, por classes de despesa, o INE destaca as reduções das taxas de variação homóloga da classe do vestuário e calçado, que passou de -1,7% em novembro para -2,3% em dezembro e da classe do lazer, recreação e cultura, com uma variação de 0,2% (0,8% no mês anterior).

Em sentido oposto, o instituto destaca o aumento da taxa de variação homóloga da classe das comunicações, que passou de 4,7% em novembro para 4,9% em dezembro.

Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC salientam-se as das bebidas alcoólicas e tabaco, das comunicações e dos bens e serviços diversos.

A classe com maior contribuição negativa para a variação homóloga do IPC, por sua vez foi a do vestuário e calçado.

Comparando com o mês precedente, destaca-se a redução da contribuição para a variação homóloga do IPC da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou em 2015 uma taxa de variação média de 0,5% (-0,2% em 2014) e em dezembro uma variação homóloga de 0,3%, inferior em 0,3 pontos percentuais à taxa observada no mês anterior e superior em 0,1 p.p. à estimada pelo Eurostat para a área do euro.

A taxa de variação mensal do IHPC foi -0,3%.

Fonte: Lusa

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