Opinião: O momento decisivo

Artigo de opinião de Pedro Queiroz, Diretor-Geral da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.

Aproxima-se a passos largos o dia de eleições. Escolher um novo Governo e a composição da Assembleia da República é um direito de cada cidadão e é, sobretudo, um ato de responsabilidade na igual medida dos deveres e obrigações dos eleitos que irão influenciar o caminho futuro do país.

A indústria agroalimentar – bem como todo o setor empresarial – olha com especial atenção para este período pré-eleitoral, analisando ao detalhe as diversas propostas apresentadas nos distintos programas de cada partido político.

Por um lado, é com agrado que registamos a apresentação de medidas que visam promover áreas que consideramos estratégicas como a digitalização da economia, a inovação tecnológica e industrial, a valorização da produção nacional; por outro lado, sublinhamos a existência de lacunas no que respeita a propostas concretas e positivas referentes à indústria agroalimentar e à cadeia de abastecimento.

Nunca é de mais afirmar que as empresas do setor têm tido um papel central quer no contexto económico nacional quer no abastecimento alimentar assente na qualidade, diversidade e segurança. Por isso, não seria de mais exigir que este fosse o momento de as forças políticas olharem para a indústria agroalimentar como estratégica e com potencial para alavancar a recuperação económica e a projeção além-fronteiras.

O caminho não será através de medidas fiscais penalizadoras e de propostas regulamentares dissonantes dos parâmetros de inovação e desenvolvimento que esta indústria coloca na resposta às exigências do consumidor.

As soluções devem partir de uma análise real ao trabalho desenvolvido no terreno por toda a cadeia de abastecimento e materializarem-se em medidas positivas de impulso a uma evolução sustentável. É, portanto, necessário um compromisso nacional para a indústria agroalimentar.

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