Herdade Monte de Santo Isidro recebe itinerários técnicos focados na sustentabilidade económica e ambiental das explorações agrícolas

Rede Rural está a desenvolver itinerários técnicos focados na sustentabilidade económica e ambiental das explorações agrícolas. Estes itinerários têm por objetivo dar a conhecer as boas práticas e inovações no contexto de uma exploração agrícola, proporcionando a troca de conhecimentos entre agricultores, técnicos, empresas, investigadores e decisores de políticas.

agricultura

Na sequência do itinerário realizado na passado dia 8 de julho ao Monte de Santo Isidro, organizado pelo agricultor José Palha, associado ao projeto BPA.Eco e em colaboração com a Rede Rural Nacional, a organização vai realizar no próximo dia 17 de setembro um segundo encontro que incluirá visita de campo, apresentação dos projetos "Segunda Via", "Águia Caçadeira" e "BPA.Eco" e uma Mesa Redonda com o tema "Serviços dos Ecossistemas: Práticas e Oportunidades”. 

O encontro realizar-se-á no Monte de Santo Isidro, da empresa Pereira Palha, Agricultura, Lda (com os devidos cuidados tendo em conta a situação de pandemia).

Nome da Exploração: Monte de santo Isidro

Localização: Samora Correia – Benavente

Coordenadas GPS: 38.88792118147654, -8.88333400724421)

Sistema de Produção:  Arvenses de outono Inverno e Agrosilvopastoricia - bovinos

A inscrição deve ser feita no seguinte link até ao próximo dia 14 de setembro: https://forms.gle/6WGToo1FK5sc9GNW8

A herdade Monte de Santo Isidro localiza-se no concelho de Benavente e na freguesia de Samora Correia.

Tem uma área de 475 hectares, localizada na proximidade da cidade de Lisboa e do estuário do Tejo, estando parte da zona de produção integrada na Zona de Proteção Especial à Reserva Natural do Estuário do Tejo, com uma área significativa de montado, o que no conjunto lhe atribui um carácter equilibrado e influenciam tanto a exploração agrícola como a biodiversidade. É uma exploração onde se pratica uma agricultura intensiva economicamente e ambientalmente sustentável.

As principais culturas são o milho, o trigo, a cevada e a ervilha (para fresco); no que toca à exploração de gado esta é extensiva em sistema agrosilvopastoril com raças autóctones que incluem tanto gado bovino (raça Brava) como gado equino (Puro sangue Lusitano).

O clima é do tipo Mediterrânico temperado com Influências Atlânticas, resultando num clima com grandes amplitudes térmicas diárias em que os dias são quentes e secos e as noites frias e húmidas.

A exploração é composta por três polígonos independentes sem ligação: o maior, (que se encontra mais a Sul) que contém dois pivots, uma pequena área florestada, e ainda uma extensa área de Montado; um polígono intermédio (parte central da exploração) que divide a sua área entre culturas temporárias (um pivot maior com aproveitamento dos cantos para outras culturas e ainda outro pivot mais pequeno) e área de Montado (quase 50% 50% em termos de área entre as duas ocupações de solo); e um polígono mais pequeno situado a Noroeste mais perto do estuário do Tejo composto por quatro sub-polígonos com diferentes ocupações de culturas temporárias. Relativamente aos solos:, numa parte da exploração predominam os Assac (solos Halomórficos - Solos Salinos, de Salinidade Elevada, de Aluviões, de textura pesada, calcários) e Asac (Solos Halomórficos - Solos Salinos, de Salinidade Moderada, de Aluviões, de textura pesada, calcários).

Noutra área predominam Pag (Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Pardos, de Materiais Não Calcários), Para-Solos Hidromórficos, de arenitos ou conglomerados argilosos ou argilas (de textura arenosa ou francoarenosa), Ppt (Solos Podzolizados - Podzóis, (Não Hidromórficos), Com Surraipa, com A2 incipiente, de ou sobre arenitos), Asa (Solos Halomórficos - Solos Salinos, de Salinidade Moderada, de Aluviões, de textura pesada e Rg (Solos Incipientes - Regossolos Psamíticos, Normais, não húmidos).

Tendo em conta o desafio das alterações climáticas, a necessidade de aumentar a eficiência do uso dos recursos e dos fatores de produção e do objetivo de aumentar a sustentabilidade ambiental, a par da grande variabilidade espacial das características das parcelas, implementou-se na exploração, um sistema integrado de agricultura de precisão.

Este permite a recolha de dados de precisão, necessários ao conhecimento de cada parcela individualmente e a aplicação de água e fatores de produção de forma diferenciada (correções de solos, fertilização, etc). A nível de elementos paisagísticos de foco ecológico e de boas práticas para o reforço da biodiversidade, realça-se: A existência de uma extensa área de Montado bem cuidado e mantido; A existência de pequenos bosquetes um pouco por toda a exploração que promovem a conectividade entre outros habitats terrestres, os serviços de polinização e o controlo natural de pragas; Linhas de água muito bem mantidas e cobertas de área vegetal; O aproveitamento dos cantos dos pivots com diferentes culturas, nomeadamente culturas fixadoras de azoto, promovendo a biodiversidade e o controlo natural de pragas.

Em termos energéticos, a exploração tem como objetivo um balanço energético Zero, dispondo de dois parques fotovoltaicos, que produzem a mesma quantidade da totalidade da energia utilizada na exploração.  

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