Governo quer exportar carne de porco para a China até final de 2015

Portugal estará em condições de exportar carne de porco para a China até ao final do ano de 2015, anunciou o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, incentivando setor a olhar a internacionalização de forma mais arrojada.

«Em breve será anunciada a abertura, para que as empresas se inscrevam, e consideramos que até ao fim do ano devemos estar em condições de exportar carne de porco para a China», afirmou Nuno Vieira e Brito, nas Caldas da Rainha, onde participou no VII Congresso Nacional de Suinicultura.

Participando num painel sobre o Futuro do Comércio Internacional, o secretário de Estado adiantou que a este mercado deverá seguir-se «o Vietname, que está preste a ser concluído», e, dentro de um ano, «a Coreia do Sul, com a qual já estão negociados cinco dos oito pontos da abertura de mercado».

Na rota dos novos mercados para a carne de porco nacional estará ainda o México. Mas, segundo Nuno Vieira e Brito, é «na diáspora portuguesa» que o setor da suinicultura tem também que centrar atenções.

Lembrando a «pequena dimensão» de Portugal comparativamente com os principais competidores em termos de exportação de carne de suínos, entre os quais Espanha, o secretário de Estado defendeu que se olhe para o mercado internacional «de uma forma mais arrojada».

Ou seja, encarando como potenciais compradores «os cinco milhões de portugueses na diáspora, que estão necessariamente habituados aos produtos portugueses».

Esta poderá ser, segundo o governante, uma alternativa para «pequenas e médias empresas que não podem ter escala para mercados internacionais, mas podem (…) chegar aos 15 milhões de portugueses, dez milhões no país e cinco milhões espalhados pelo mundo, que procuram os produtos e o saber fazer português».

Lembrando a abertura recente dos mercados de Cuba e Japão, o secretário de Estado considerou «fundamental diversificar» os destinos de exportação para o setor, responsável em 2014 por um volume de exportação de 275 milhões de euros, o que significou um crescimento de 14,5% em relação a 2013.

Apesar de ter sido «um ano negativo porque deixámos de poder exportar para a Rússia, mesmo assim houve capacidade de crescimento», afirmou, sublinhando que a fileira da suinicultura conseguiu «encontrar novos mercados, quer na União Europeia, quer em países terceiros».

O VII Congresso Nacional de Suinicultura decorre, até 24 de junho, no centro de Congressos das Caldas da Rainha com a presença de cerca de 400 congressistas que debatem o caminho para a auto-suficiência do setor.

O Congresso é organizado pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), que representa sete associações que congregam cerca de 1500 produtores de suínos em todo o país.

Fonte: Lusa 

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