Exportações de vinho abrandaram ritmo de crescimento em 2014

Um ligeiríssimo aumento de 0,4% bastou para o setor reclamar o quinto ano consecutivo de subida das vendas ao exterior. A quebra em volume voltou a ser compensada pelo aumento de 7% no preço médio por litro exportado.

As exportações de vinho abrandaram o ritmo de crescimento em 2014, progredindo 0,4% face ao ano anterior (em que tinham aumentado 2,4%), para um total de 728,7 milhões de euros, segundo os dados avançados esta segunda-feira, 9 de março, pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

Para este comportamento no valor das vendas portuguesas ao exterior contribuiu a subida (de 7%) do preço médio por litro, que foi vendido para o estrangeiro por 2,55 euros, face a 2,37 euros obtidos em 2013.

No ano passado – o quinto consecutivo com registo de aumento nas exportações –, os vinhos nacionais chegaram a dez novos mercados, aumentando para 146 o total de países de destino.

O instituto público liderado por Frederico Falcão destacou o comportamento dos vinhos engarrafados, em detrimento da quebra nos vinhos a granel, por serem aqueles que «transportam a origem Portugal para os consumidores, através dos rótulos com indicação da origem, das regiões e das castas».

Do valor total exportado pelas empresas portuguesas deste setor, 690 milhões de euros foram provenientes da venda de vinhos engarrafados, correspondente a 306 milhões de garrafas de 0,75 litros.

Face a 2013, o acréscimo de 11,9 milhões de garrafas compradas pelos estrangeiros renderam mais 27,6 milhões de euros a este setor tradicional da economia portuguesa.

De acordo com os dados fornecidos pelo IVV, tutelado pelo Ministério da Agricultura, houve uma outra alteração relevante. Enquanto em 2013 foram os europeus que compraram mais quantidade, no ano passado 51% do vinho português saltou as fronteiras do Velho Continente.

«O preço é um fator determinante e os dados revelam que os vinhos de maior valor acrescentado – os que têm a indicação da origem no rótulo – são exportados para fora da Europa a um preço mais elevado, o que leva as empresas a investir na conquista destes mercados», detalhou Falcão.

Fonte: Jornal de Negócios 

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