Empresas de distribuição pedem descida do IVA dos bens essenciais

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) critica a demora do Governo em responder à crise provocada pela guerra na Ucrânia, lembrando que há medidas que não dependem do Orçamento do Estado (OE 2022). E diz que proposta "não tem aderência com a realidade”.

A APED lamenta que a nova proposta de Orçamento do Estado não tenha “aderência com a realidade” e pede uma “política fiscal agressiva” para combater os efeitos da guerra da Ucrânia. Em entrevista ao ECO, o diretor-geral desta associação defende que “há margem para baixar o IVA dos produtos essenciais” e lembra que “há medidas que não dependem do Orçamento nacional”.

Gonçalo Lobo Xavier, que representa um conjunto de mais de 180 associadas, dos quais 60 do setor alimentar, diz ainda que o Governo “está a ser muito lento” na resposta à crise, referindo que outros Estados-membros estão a ser “bastante mais ágeis e bastante mais eficazes”, nomeadamente no que toca à descida do IVA dos bens essenciais. Quanto às medidas aplicadas para travar a escalada dos preços dos combustíveis assinala que “são paliativos” e “manifestamente insuficientes”.

O diretor-geral da APED reitera ainda que “até ao final do primeiro semestre” deste ano os preços dos produtos alimentares vão subir, em média, até 30%, mas assegura que os retalhistas não estão a aumentar as margens sobre a venda dos produtos, apesar dos custos dos fatores de produção estarem a aumentar até 20%. Gonçalo Lobo Xavier adianta ainda que já não há qualquer produto a ser limitado e garante que a distribuição não está a “esmagar” os produtores nacionais.

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FONTE: ECO Economia Online

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