Duvouga: uma aposta de sucesso em Sever do Vouga
Luís Henriques aventurou-se com Mónica Rodrigues na área dos pequenos frutos. Corria o ano de 2003. Hoje lideram a Duvouga, empresa sedeada em Sever do Vouga, conhecida por ser “A Capital do Mirtilo”.
«Quer eu quer a minha parceira, a Mónica Rodrigues, não estávamos ligados ao setor agrícola. Eu sou programador informático e a Mónica era administrativa em escritório de advogados. Tudo começou com um trabalho que eu tive há 15 anos sobre este setor», recorda Luís, lembrando que passou «um ano inteiro a trabalhar com pessoas no campo».
«O que aconteceu é que percebi que a vida que tinha não era propriamente um destino com um futuro muito promissor e vi neste setor de atividade um escape para fugir de um escritório e de quatro paredes. Então decidi reciclar-me, fiz formação, estive na Escola Agrária, em Coimbra, e começámos primeiro por cultivar pequenos frutos», afirma.
Quando iniciaram atividade, Mónica e Luís começaram precisamente pelo mirtilo e também pelas groselhas. «As groselhas foram abandonadas por uma série de fatores de cultivo que não eram indicados na nossa zona», afiança Luís, adiantando que esta cultura atraía «várias doenças, sendo que nalguns casos não era muito fácil o tratamento».
«O que aconteceu é que começamos pequenos frutos, framboesas, de tudo um pouco. Depois expandimos para outros setores de atividade, entre eles, o maracujá roxo».
«Recentemente, em Sever do Vouga, foram feitos estudos através de uma empresa, relativamente ao maracujá, e é uma cultura que também nos interessou. Neste caso o maracujá roxo e que neste momento também já estamos a produzir algum maracujá».
Luís adianta que esta «é uma cultura que pode ser rentável, ao contrário do que muitas pessoas pensam. É necessário investir e ter conhecimento bem como é necessário ter em conta as condições edafoclimáticas, as qualidades e características do solo, as carências e características das plantas, as temperaturas, o frio, o calor e a temperatura acumulada, etc.».
Lembra que «muitas destas coisas não se ensina na escola comum e é necessário que as pessoas percebam o que querem cultivar e para que querem cultivar».
(Continua).
Nota: Este artigo foi publicado no suplemento Pequenos Frutos 17 publicado com a edição n.º 19 da Revista Agrotec. Para aceder à versão integral, solicite a nossa edição impressa. Contacte-nos através dos seguintes endereços:
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Foto: Ana Clara