CAP e ASAJA levam as suas posições para Bruxelas no setor agrícola e florestal

Os presidentes de ambas as organizações lideraram as delegações dos dois países que participaram no III Congresso Ibérico Agropecuário e Florestal, no qual agricultores, produtores pecuários, representantes de grandes empresas ligadas ao setor, políticos e especialistas reuniram-se para discutir a situação nas explorações, as diretrizes impostas por Bruxelas e os fatores determinantes da atual conjuntura económica global.

O Pacto Ecológico Europeu, as estratégias "Do Prado ao Prato" e "Biodiversidade 2030"; a guerra na Ucrânia e seus efeitos na Europa; os custos da energia e o papel das energias renováveis; o efeito mitigador do setor agrícola nas alterações climáticas; os desafios futuros da seca; as relações na cadeia agroalimentar e, claro, as novas diretrizes da PAC e os planos estratégicos nacionais foram analisados e discutidos pelos oradores de ambos os países ao longo dos dois dias do Congresso Ibérico realizado na IX AGROGLOBAL, em Santarém.

De especial interesse para os presentes foram as intervenções dos responsáveis máximos e organizadores deste Congresso: Álvaro Mendoça e Moura, presidente da CAP, e Pedro Barato, presidente da ASAJA. Ambos enfatizaram a necessidade da gestão dos recursos hídricos "porque a água é essencial para os agricultores da Península Ibérica e devemos usar os recursos hídricos para nos unirmos, não para nos dividirmos, como a classe política pretende".

Houve também concordância em relação à nova Política Agrícola Comum. Ambas as organizações concordam que esta não é a PAC que o setor necessita, e os maiores prejudicados são o modelo profissional e o empresário agrícola, descartando a ideia de “uma política de tamanho único para todos" (one size fits all). Além disso, a CAP e a CAP pediram flexibilizações na aplicação dos eco-regimes e das Medidas Agroambientais, como já solicitou a França.

Por último, também foi exigido respeito pelo setor agrícola e que não haja mais ataques políticos e, sobretudo, "que permitam que os agricultores trabalhem, porque eles sabem fazê-lo".

Após o encerramento do III Congresso Ibérico, as posições do setor foram registradas, como conclusões, num documento que o setor agrícola e florestal da Península Ibérica enviará tanto ao Conselho de Ministros da EU, assim como, à Comissão Europeia (documento em anexo).

Este III Congresso Ibérico Agropecuário e Florestal contou com a participação de importantes entidades empresariais, tanto portuguesas como ibéricas, e contou com o patrocínio da IBERDROLA, FORO INTERALIMENTARIO, ANIPLA, APED e a AGROGLOBAL.

A próxima edição deste Congresso Ibérico será realizada em Cáceres em maio de 2024.

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