Azeite pode ficar mais caro após quebra da azeitona

A produção de azeitona para azeite deverá ter caído 30% no ano passado para menos de 500 mil toneladas, segundo o INE.

A queda da produção de azeitona para azeite em 30% em 2016, para menos de 500 mil toneladas, deverá ser parcialmente compensada pela subida dos preços, o que é espectável que possa acontecer este ano, disse o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

«Infelizmente, o ano de 2016 foi, do ponto de vista climatérico, muito mau para a agricultura e provocou baixas de produção em vários sectores, designadamente no azeite», explicou Capoulas Santos, acrescentando que «quando a produção cai os preços tendem a subir».

Logo, o prejuízo que decorre da redução das quantidades produzidas «é pelo menos parcialmente compensado pela subida dos preços. E é isso que esperamos que possa acontecer este ano», afirmou.

O ministro explicou que a produção de azeitona se caracteriza tradicionalmente por anos de safra e contra safra (após um ano de elevada produção segue-se invariavelmente uma menor colheita), sendo esta a realidade com a qual os operadores e os agricultores estão habituados a lidar.

Segundo Capoulas Santos, normalmente os anos de menores produções caracterizam-se por melhor qualidade, apesar de atualmente os parâmetros médios de qualidade do azeite português serem «muito bons», dado existirem tecnologias que permitem manter graus razoáveis de qualidade.

Questionado sobre a influência da queda da produção da azeitona nas exportações de azeite, o ministro disse que as grandes empresas exportadoras têm ‘stocks’ e que acredita que «não haverá problemas no abastecimento dos mercados tradicionais portugueses».

De acordo com as últimas previsões agrícolas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a produção de azeitona para azeite deverá ter caído 30% no ano passado para menos de 500 mil toneladas.

Isto deveu-se, segundo o INE «às condições climatéricas adversas e à alternância anual de produção dos olivais tradicionais», pelo que se antevê uma campanha na ordem das 491 mil toneladas, isto é, menos 30% que em 2015, ressalvando, no entanto, que o azeite é «de boa qualidade».

Fonte: Renascença 

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