UE e FAO anunciam combate à insegurança alimentar em 35 países

A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciaram novos programas para fomentar a segurança alimentar e nutricional, a agricultura sustentável e a resiliência.

As medidas foram anunciados numa reunião entre o Comissário da UE para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, durante a 3ª Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento, que se realizou na capital da Etiópia, Adis Abeba.

A UE deverá contribuir com 50 milhões de euros e a FAO com 23,5 milhões de euros para esta iniciativa, que será levada a cabo pelos países, em função da procura, segundo um comunicado da FAO.

Para Nevem Mimica «esta iniciativa será crucial no apoio dos países parceiros e organizações regionais ao reunir meios políticos, técnicos e financeiros para o objetivo comum de reduzir a insegurança alimentar e nutricional, e contribuirá também para fortalecer a parceria entre a União Europeia e a FAO».

Por outro lado, Graziano da Silva considerou que «esta nova fase» na parceria com a UE «reforçará em larga escala a capacidade da FAO de trabalhar com os governos para ajudá-los a adquirir dados e informação de que necessitam para desenvolver e implementar políticas eficientes, destinadas a abordar as causas primárias da fome e para a criação de resiliência a situações de choque e crises».

A nova iniciativa consiste em dois programas interligados de cinco anos: o serviço de Impacto da Segurança Nutricional, Resiliência, Sustentabilidade e Transformação (FIRST, na sigla em inglês); e o programa de Informação para a Segurança Alimentar e Nutricional e Resiliência para a Tomada de Decisão (INFORMED, na sigla em inglês).

De acordo com o último relatório de insegurança alimentar da ONU, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo ainda passam fome e um número mais elevado não tem acesso a uma alimentação saudável.

A erradicação da fome até 2030 irá requerer um investimento anual adicional de 267 mil milhões de dólares (246 mil milhões de euros), em áreas rurais e urbanas, e em proteção social, segundo cálculos publicados num relatório conjunto da FAO, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e Programa Mundial para a Alimentação.

A UE - um dos maiores doadores da FAO - juntou-se à Organização como membro em 1991.

Em 2004, a UE e a FAO tornaram-se parceiros estratégicos.

Fonte: Lusa

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