Peste suína africana: Resposta ineficaz da China transforma a doença em epidemia

A doença já matou cerca de um quarto dos porcos do mundo inteiro, reformulando questões agrícolas e atingindo as dietas e os bolsos dos consumidores por todo o globo. O controlo ineficaz da situação por parte do governo chinês está a criar problemas a longo prazo.

Porcos

Na teoria, as autoridades deveriam convencer os agricultores a matar os porcos infetados e a descartá-los adequadamente. Porém, na China, as autoridades têm exigido aos agricultores que passem por cima de tudo para ter direito a uma compensação dos governos locais.

Nos últimos meses, a peste suína tem levado os criadores chineses ao desespero, pois muitos não têm acesso à informação e apoios devidos muito por culpa do sistema caótico que se gerou. Devido à doença, a população total dos animais caiu cerca de 40% no espaço de um ano. As perdas para a economia chinesa podem alcançar um ponto de rutura séria para o país.

Apesar dos agricultores enterrarem os seus animais com os maiores cuidados que conhecem, e da peste não tem consequências para o ser humano, estes têm vindo a relatar o quão complicado é ver os mesmos a agonizar.

Em termos monetários, o preço da carne, muito consumida na China, disparou, e o governo chinês estão agora a tentar colmatar várias falhas de consumo através da importação de produtos. A China é a maior consumidora de carne de porco do mundo, o que gerou uma alteração da cadeia global de oferta de alimentos, à medida que o país passou a depender mais da proteína importada e menos da produção doméstica.

No passado mês de novembro, a China detetou um novo surto de peste suína africana em leitões transportados ilegalmente na cidade de Chongqing, no sudoeste do país.

A peste suína africana surgiu na China em agosto de 2018. Em menos de um ano, a patologia espalhou-se por todo o globo, provocando a morte de milhões de suínos. A situação parece não ter controlo eficaz à vista.

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