Montalegre: Governo reconhece COOPBARROSO como OPP

Ao fim de dois anos a Cooperativa Agrícola do Barroso (COOPBARROSO) obteve, por parte do Governo, o reconhecimento como Organização de Produtores Pecuários (OPP).

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A Câmara de Montalegre fala em reposição da «verdade histórica». «Por outras palavras, o dinheiro da sanidade animal volta a ser deixado em casa e não em terras vizinhas. Uma verba significativa se tivermos em conta que o concelho detém mais de 12 mil cabeças de gado», indica o município em comunicado.

Para a autarquia trata-se de «um respirar fundo no setor agrícola do concelho de Montalegre. Uma boa nova que faz serenar os agricultores, a Câmara Municipal e as associações locais envolvidas. Tudo porque, na ausência deste reconhecimento, eram outras instituições, sediadas fora do concelho, que recebiam os dividendos do controlo sanitário».

Um facto insustentável e «vergonhoso», afirma Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre: «acabou a situação vergonhosa em que o concelho se deixou posicionar. Sendo um concelho essencialmente produtor de carne e criador de gado, era vergonhoso estarmos sujeitos à intermediação de instituições ligadas ao setor agropecuário com sede fora do município. Cumpriu-se o desígnio de restituir à terra o que à terra pertencia».

Também Rui Duarte, presidente da COOPBARROSO - Cooperativa Agrícola do Barroso, referiu que «esperamos que, através deste reconhecimento, haja uma melhoria na coordenação dos serviços de modo a que, num curto a médio prazo, possamos elevar o estatuto sanitário do concelho. Vai haver muito profissionalismo e qualidade de trabalho porque o setor pecuário tem grande importância económica para a região. A sanidade animal é essencial para a rentabilidade da exploração, mas, também, para assegurar a qualidade alimentar e o prestígio da nossa carne no mercado».

Já António Morais, presidente da AATBAT - Associação de Agricultores das Terras do Barroso e Alto Tâmega afirmou que é uma boa notícia «para os nossos agricultores. É dinheiro que fica no nosso concelho e deixa de ser distribuído por outros. Temos mais animais do que três ou quatro concelhos vizinhos juntos, por isso não tinha lógica esta dependência. Os agricultores ficam melhor servidos».

Por fim, Nuno Sousa, presidente da Associação Nacional de Criadores de Gado de Raça Barrosã, considerou que «já tivemos uma OPP. Infelizmente deixamos de ter, mas graças ao trabalho de toda a gente conseguimos esta nova aprovação. Até agora não tínhamos representatividade. A existir uma OPP na região, tinha que ser em Montalegre. Somos o concelho com maior efetivo e não se justificava estar dividido por outros. Estou muito satisfeito porque foi sempre um dos nossos objetivos». 

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