Investigadores portugueses descobrem antídoto para cogumelos venenosos

cogumelos

Investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto descobriram um antídoto para cogumelos venenosos, responsáveis por 90% das mortes resultantes da ingestão de cogumelos silvestres.

Os autores da investigação estão convencidos de que a descoberta será aplicada na clínica a curto prazo.

Segundo a Universidade do Porto, os investigadores orientados por Félix Dias Carvalho, recorreram a ferramentas modernas de simulação em computador, complementadas com estudos em animais de laboratório.

Os cientistas conseguiram descobrir um antibiótico – a polimixina B – eficaz nas intoxicações por cogumelos da espécie Amanita phalloides, também conhecida como "chapéu da morte”.

Para Félix Dias Carvalho, Professor Catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e orientador deste estudo que acaba de ser publicado na conceituada revista da área de Toxicologia "Archives of Toxicology”, a importância da descoberta deve-se à urgência de «combater as toxinas presentes nestes cogumelos, denominadas de amatoxinas, que afetam diretamente o fígado e rins das pessoas intoxicadas».

Os cientistas concluíram ainda que a espécie de cogumelos estudada é abundante em Portugal e tem sido responsável pela grande maioria das mortes por ingestão de cogumelos, «para os quais até agora não existia antídoto eficaz», explica o investigador.

Na mesma notícia lê-se que os investigadores acreditam que «a descoberta será aplicada na clínica dentro de muito pouco tempo».

A polimixina B já se encontra disponível nas farmácias dos hospitais, «podendo ser colmatada rapidamente a falta de alternativas eficazes numa intoxicação com elevada mortalidade e morbilidade», aponta Vera Costa, uma das investigadoras. 

Regiões

Notícias por região de Portugal

Tooltip