Indústria exige apoio do Fundo Ambiental para travar aumento da eletricidade

A indústria portuguesa exige que o Governo aprove soluções para travar o impacto da subida do preço da eletricidade que ameaça aumentar os preços de bens e serviços.

Uma das medidas defendidas pelo Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) é que o executivo de António Costa recorra à almofada financeira do Fundo Ambiental para travar este aumento.

“Os custos de energia são insustentáveis. Todo o país e a indústria em geral estão a ser muito afetados com estes exponenciais custos”, começou por dizer António Saraiva presidente da CIP num evento da CNCP em Lisboa.

“Temos vindo a falar com o Governo: ministro do Ambiente, secretário de Estado da Energia e ministro da Economia, para se aliviar este efeito catastrófico. Estamos a trabalhar nesse sentido. Tenho esperança que o Governo esteja disposto a isso”, afirmou. O responsável apontou que a “almofada do Fundo Ambiental anda na casa dos 270 milhões. Temos um almofada que deve ser utilizada para reduzir” a subida do preço da eletricidade. Esta almofada é uma forma de “minorar esse efeito”, das subidas dos preços. “Os custos energéticos não se podem repercutir nos bens e serviços das empresas”.

António Saraiva apontou que a subida dos preços no mercado grossista ibérico de eletricidade, e que começam a chegar à indústria são fruto da subida dos preços do gás natural e das licenças de CO2.

Recorde-se que os preços da eletricidade no mercado grossista ibérico da eletricidade (Mibel) têm vindo a bater recordes sucessivos. A produção contratada para Portugal e Espanha para esta quarta-feira atingiu um novo máximo histórico de 172 euros por megawatt hora. Foi o quarto recorde em quatro dias.

Fonte: Jornal Económico

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