Gotik: o primeiro gin com sabor a Ribatejo
A Designarte - Brand Activation modelou a assinatura da mais recente destilaria de autor do País, de onde sai «o primeiro gin do Ribatejo».
E esta história é precisamente sobre isso – sobre a alma contida em 700 ml de Gotik e de como a MVP Gin quer exportar o sabor da lezíria para múltiplas paragens do mundo.
«Sem pressas, como convém a quem traz a lezíria na alma, o Gotik tem vindo desde o último Natal a implantar-se gota a gota, trago a trago, num mercado feito de sabores apurados pelos saberes que cruzam a ancestralidade com as novas tendências de consumo. Mas com a singularidade de uma destilaria de autor e as particularidades de uma região vertidas para uma garrafa», avança a empresa.
O bouquet da marca inclui aromáticas especialmente selecionadas e características das terras escalabitanas. E, neste estágio, não deixou de colocar as fronteiriças serras de Aire e de Candeeiros na rota de desenvolvimento de um produto único.
São 21 os botânicos presentes (alguns produzidos pela empresa), e deles fazem parte o zimbro português e a abóbora-manteiga, para além de sementes de coentros, pimenta-rosa, cardamomo, noz, tomate, framboesa, amora, morango, erva de São Roberto, hipericão, orégãos, tília, rosmaninho, alecrim, tomilho, flor de laranjeira, limão, tangerina e canela.
À conquista do segmento Premium
Do processo de sete destilações, em alambique de cobre, nascem gotas cristalinas que o palato educado e técnico adjetiva de distintivas, intensas, estruturadas e, mesmo, exuberantes.
Gonçalo Pereira, um dos cinco empreendedores do projeto e gerente da MVP Gin, acrescenta uns quantos substantivos: «Criámos um gin nacional de carisma regional na categoria Ultra Premium, a pensar no consumidor mais exigente e conhecedor. Cada garrafa oferece os sabores e a marca Ribatejo, associados a um modo de produção ancestral de extração de aromas para a produção da bebida».
A homenagem a Santarém e ao traço gótico de muitos dos seus monumentos extravasam igualmente para o rótulo (na edição “Santa Clara”), onde são impressas a letras garrafais as coordenadas geográficas da igreja ex-libris da cidade e o desenho da rosácea que rasga a respetiva fachada principal.
Cinco mercados na calha de exportação
O posicionamento do Gotik é, contudo, internacional. Como precisa Gonçalo Pereira, trata-se de um produto «vocacionado para a exportação», dirigido ao «mercado profissional e conhecedor de gin não contemporâneo».
A bebida voltou mundialmente às preferências de muitos consumidores e, nessa retoma, a marca quer ser um contribuinte líquido do «regresso às origens» do gin enquanto destilado nobre.
«As vendas estão a correr muito bem, de acordo com o projetado, e a aceitação e o reconhecimento da qualidade de produto é transversal a todo o tipo de gama de mercado», explica o gestor.
A prova de que tudo flui está no retorno, com uma «alta taxa de sucesso», que a marca está já a alcançar externamente, depois de efetuado um «grande investimento» no Reino Unido, entre dezembro e fevereiro últimos, onde se inclui uma participação numa feira especializada.
Na rota está igualmente a terra-natal do gin - a MVP Gin está a ultimar o protocolo de exportação para a Holanda. E seguir-se-á Angola. A Bélgica e a Polónia virão no enfiamento. «Temos em preparação duas parcerias com outras tantas destilarias destes países», esclarece Gonçalo Pereira, que espera finalizar o ano com uma produção global de 5.000 garrafas.
Para 2018, estão previstas 10.000 unidades e duas novas edições: um gin tipo Casked Age e ainda um outro destilado, para juntar ao atual London Dry.
Já a médio prazo «temos uma projeção de 30 mil garrafas anuais e planeada a criação de três novas insígnias, para produzir com a marca do cliente», revela o empresário, ciente da enorme exigência ao nível do investimento financeiro, perante a forte concorrência no setor e os desafios relativos à longevidade da marca, com o aparecimento anual de outros “players”.