Espumantes da Bairrada mantêm liderança em ano de queda na produção

A Comissão Vitivinícola da Bairrada prevê que a produção de vinho na região seja este ano 15% inferior em relação a 2015, em que foram produzidos 28 milhões de litros de tintos, brancos e rosés.

Segundo Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola (CVB), a Bairrada deverá manter a liderança nacional nos espumantes apesar da queda de produção generalizada prevista para a campanha deste ano, explicada pelas difíceis condições climáticas registadas, sobretudo, no mês de maio, com muita chuva e falta de luz solar, que atrasou o desenvolvimento das uvas.

Pelo mesmo motivo, a campanha das vindimas na região deverá ser também atrasada dez ou doze dias, mas Pedro Soares vaticina que a colheita deste ano será de qualidade, em grande parte devido às altas temperaturas constantes registadas nos últimos dois meses.

Mesmo com a queda prevista da produção, que é generalizada em todo o país, a Bairrada deverá manter a liderança nos espumantes nacionais, continuando também a conquistar quota de mercado nos chamados vinhos tranquilos.

De acordo com dados oficiais, quase dois terços dos vinhos espumantes nacionais são produzidos na Bairrada, região que é responsável pela venda anual de cerca de 5,5 milhões a 06 milhões de garrafas, tendo como principais mercados Angola e Brasil.

Nos últimos anos, a venda na região demarcada da Bairrada dos selos de garantia do Instituto da Vinha e do Vinho tem tido um crescimento entre 25% a 30%.

O Selo de Garantia certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efetuado a todas as fases do processo de produção.

Em 2015, ano em que se assinalaram 125 anos de produção de espumantes na Bairrada, a venda de selos rondou os dois milhões de unidades, contra pouco mais de um milhão e meio em 2014.

A CVB tem, neste momento, registados 2.400 produtores de vinhos, que exploram 6.500 hectares de vinhas, mas Pedro Soares garante que o número de pessoas ligadas à cultura do vinho e da vinha na região é substancialmente maior.

Fonte: Lusa 

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