“Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa" em livro

“Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa – Interações e Gestão Integrada” é título do livro recentemente publicado pela Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) e coordenado por Edmundo Sousa (INIAV – Instituto de Investigação Agrária e Veterinária), Fernando Vale (FNAPF) e por Isabel Abrantes (IMAR – CMA, Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra). 

pinheiro

Esta obra é editada em duas línguas, português e inglês, e acompanhada por um Guia de Campo e um filme.

O livro divide-se em sete capítulos, ao longo dos quais é feita uma abordagem diversa e complementar da doença, nomeadamente, a história da Doença da Murchidão do Pinheiro, a relação entre o nemátode e a planta, entre o nemátode e o seu vetor, entre o vetor e a planta, o trinómio Bactéria- Nemátode- Planta, a análise da relação entre os factores abióticos/bióticos - planta e, por último, a gestão Integrada da Doença da Murchidão do Pinheiro.

O livro foi apresentado a 19 de fevereiro, no Buçaco, por Francisco Castro Rego com a presença de Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

Na intervenção de abertura da sessão, o presidente da FNAPF, José Vasco de Campos aludiu à necessidade de se pensar numa «estratégia de convívio com a doença e travar a sua evolução» sendo para isso necessária uma adequada gestão integrada do pinhal de modo a impedir o alastramento da doença, que é ainda considerada um problema fitossanitário grave. 

Francisco Castro Rego considerou que «é fundamental agrupar conhecimento, mas que seja divulgado e transferido para a prática, essa é a grande virtude deste livro».

«Não basta criar conhecimento, é preciso divulgá-lo e utilizá-lo», enfatizou Castro Rego. 

«A dimensão científica, a procura de conhecimento sobre o nemátode, vetor e planta é importante, mas a sua percepção pelos políticos, pelo público e a sua transformação em acção, este interface, é de grande complexidade. Nem sempre aquilo que a ciência faz é ouvido pelo poder político e passado à ação», disse ainda Castro Rego.

Por sua vez, o Secretário de Estado das Florestas apontou a falta de gestão ativa na floresta como um dos principais fatores que favoreceram o avanço da doença, razão que explica o facto de nas matas nacionais o avanço da doença ter ficado aquém das matas privadas. «Estamos destinados a conviver com a doença, temos que passar à gestão activa», acrescentou Amândio Torres.

A necessidade de caminhar para sistemas de gestão mais adequados, como por exemplo sociedades de gestão florestal a constituir a partir das ZIF – Zonas de Intervenção Florestal e a criação de modelos de gestão técnica para as áreas comunitárias, foram a principal mensagem do Secretário de Estado nesta sessão.

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