Casa do Azeite tem 41 marcas licenciadas para exportar para o Brasil
Segundo a Secretária-Geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, existem 41 marcas habilitadas para exportar para o Brasil, apelando aos consumidores para que estejam atentos ao selo de origem, depois de serem descobertas falsificações no mercado brasileiro.
A denúncia partiu da associação de consumidores Proteste Brasil, que testou 20 marcas de azeite extra virgem e descobriu três marcas de azeite alegadamente português que violam a lei: Beirão, Figueira da Foz e Tradição.
De acordo com a TSF, que avançou com a notícia, duas marcas são falsificações obtidas a partir da mistura de óleos vegetais (Tradição e Figueira da Foz), enquanto a outra é azeite virgem vendido como extra virgem (Beirão). As marcas falsificadas dizem no rótulo que se trata de “azeite português”, mas são engarrafadas no Brasil e podem ter outra origem.
Apesar de a situação ter vindo a melhorar, este ano terá havido um aumento dos casos de contrafação, o que Mariana Matos atribui a uma conjuntura em que os preços são elevados e o crime compensa mais.
A Casa do Azeite tem um programa de controlo de genuinidade dos azeites portugueses que usam a marca nacional no Brasil (um escudo que é aposto nas embalagens) e tem 41 marcas licenciadas para aquele mercado, mas a Secretária-Geral da associação lembra que há outras marcas que usam símbolos que remetem para Portugal e confundem o consumidor.
O Brasil é o mercado mais importante para as exportações portuguesas de azeite embalado, absorvendo 40% do total.
A Casa do Azeite congrega cerca de 50 empresas que representam aproximadamente 85% do mercado nacional.
Fonte: Lusa