Bruxelas propõe pescar mais tamboril e menos pescada e bacalhau

Já está em cima da mesa a proposta de Bruxelas sobre as quotas de pesca para 2017. A Comissão propõe cortes na pesca do bacalhau e pescada, duas espécies de grande valor comercial para Portugal.

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A Comissão Europeia apresentou a sua proposta sobre as quotas de pesca para 2017, destacando-se o aumento dos totais admissíveis de capturas (TAC) do tamboril nas águas nacionais em 54% para 2017.

Além do tamboril, Bruxelas propõe ainda, nas águas portuguesas, a subida dosTAC de arinca (6,8%) e do carapau (6,9%), do lagostim (5%).

Para os TAC de bacalhau é proposto um corte de 68,3% em 2017, para a pescada de 35,9% e para os areeiros de 25,7%, estas últimas propostas as mais duras para Portugal por serem espécies de grande valor comercial.

Falta ainda apresentar propostas para algumas unidades populacionais, como as raias.

As propostas serão debatidas no conselho de ministros das Pescas em dezembro, negociações tradicionalmente duras e longas, e uma vez decididas serão aplicadas a partir de 1 de janeiro de 2017.

Pedro Jorge presidente da Associação de Armadores da Pesca Industrial (ADAPI) considera que o corte na quota de pescada é muito violento, até porque em 2015 a quota já tinha passado de 4.858 toneladas para 3.097 toneladas.

O presidente da ADAPI fica, no entanto, contente com a proposta da Comissão para stocks como o do tamboril e lagostim.

Relativamente ao corte proposto para a pesca do bacalhau, Pedro Jorge diz que não é relevante para Portugal uma vez que a frota portuguesa pesca bacalhau nas águas da Noruega e Canadá, e não nas zonas definidas pela Comissão Europeia.

Fonte: Lusa  

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