Assunção Cristas saúda procura de soluções para uso eficiente da água na agricultura

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A ministra da Agricultura realçou a importância do uso eficiente da água e da procura de tecnologia que ajude à sua utilização criteriosa, como a que está a ser aplicada no campo de experimentação que visitou em Coruche.

Assunção Cristas participou no Dia de Campo na estação experimental António Teixeira, em Coruche, destinado a mostrar a evolução do segundo ano da cultura de milho desenvolvida no âmbito do projeto Sanimilho, a vigorar por oito anos na sequência do protocolo de colaboração assinado em 2013 entre o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis).

A aprovação do projeto em fevereiro de 2014 pelo Programa de Desenvolvimento Rural permitiu a instalação, primeiro, de um pivot e, este ano, de um sistema de rega gota-a-gota enterrado a 35 centímetros da superfície, uma solução que a ministra saudou por contribuir para tornar mais eficiente o uso da água na agricultura.

Assunção Cristas considerou «o tópico da água» como «porventura, o mais importante das políticas públicas», nomeadamente devido às alterações climáticas e pela sua importância para a realização de investimentos «altamente produtivos», referindo as apostas no regadio no Alqueva, no vale do Mondego ou na Cova da Beira, entre outros, em que a água assume importância «crítica e transformadora».

A ministra apontou o setor do milho como «um caso de sucesso», que, mesmo em situação confortável, decidiu continuar a apostar na investigação e na inovação para «continuar a melhorar cada vez mais», e agradeceu a «organização» que permite que hoje seja considerado «como um exemplo».

O presidente da Anpromis realçou a importância do estabelecimento de parcerias, nomeadamente com os centros de investigação, e o trabalho conjunto de toda a fileira para a criação de valor, pedindo que o Estado exerça a sua função de enquadramento e de estímulo.

Segundo o secretário-geral da Anpromis, Tiago Silva Pinto, a cultura de milho ocupa este ano 126.411 hectares em Portugal, 41 por cento da área de cereais, sendo o distrito de Santarém o de maior área, com 21,4 mil hectares.

Na parceria estabelecida em 2013, a Anpromis assumiu o investimento, a comparticipação comunitária é da ordem dos 25%, o INIAV disponibilizou quatro investigadores para acompanharem o projeto e a Terramilho é responsável pela sensibilização junto dos agricultores, sendo objetivo estudar a cefalosporiose, doença que afeta a principal cultura de cereais do país, e a eficiência dos sistemas de rega.

Fonte: Lusa

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