Vinhos portugueses penalizados por braço-de-ferro entre Europa e Mercosul

As exportações de vinho português para o Brasil continuam a ser dificultadas pelas taxas alfandegárias brasileiras, que levam a que os preços para os consumidores sejam multiplicados por oito.

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A questão está a ser negociada entre a União Europeia e o Mercosul, mas segundo noticia o "Público", está a ser dificultada pelo braço-de-ferro entre os dois blocos económicos em torno da carne produzida pelos países sul-americanos.

Segundo o jornal, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, encontra-se no Rio de Janeiro para visitar o Mercado do Vinho de Portugal, uma iniciativa que visa dar a conhecer a produção vinícola portuguesa, com a participação de 66 produtores portugueses.

Questionado sobre as dificuldades colocadas pelas elevadas taxas alfandegárias brasileiras, o ministro referiu que «estão a decorrer negociações entre a União Europeia e o Mercosul», bloco económico de que fazem parte a Argentina, o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Venezuela.

«Há vários anos que estas negociações não avançam, mas elas terão de ter um epílogo feliz. E isso passará necessariamente por concessões recíprocas», disse o ministro, citado pelo mesmo diário.

«O Mercosul é hoje a maior potência agrícola a nível mundial (...) sendo que o Brasil contribui em grande medida para isso, essencialmente na produção de carne bovina (...) que é uma produção muito importante na Europa. Este dossier tem impedido as negociações do tratado de comércio, que terá de ser mutuamente vantajoso», acrescentou.

«Se abríssemos agora os mercados, a carne de bovino desapareceria na Europa. Temos que criar mecanismos que garantam que esse setor não desaparecerá», defendeu Capoulas Santos.

Fonte: Económico 

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