Valência debate a citricultura e os novos desafios e ameaças fitossanitárias
Nos dias 22 e 23 de novembro de 2016 decorre na Universidade Politécnica de Valência (Espanha), o Encontro Internacional, promovido pela revista PHYTOMA, dedicado aos desafios e problemas da citricultura, com enfoque em Espanha mas também na Península Ibérica.
Um dos problemas a ser abordado prende-se com a deteção recente na Galiza e Portugal da Psila Africana.
A doença, que se propaga através de um inseto, não só provoca estragos diretos como também é vetor da doença de citrinos mais devastadora a nível mundial, denominada “citrus greening”, causada por uma bactéria muito destrutiva, para a qual não há tratamento.
Em Espanha, a ameaça emergente e a pressão dos produtores de citrinos levaram o Governo a aprovar um programa de emergência para combater os insetos portadores de bactérias que causam a doença.
Assim, no início de 2016 o Ministério da Agricultura, Alimentação e Ambiente espanhol emitiu um Decreto Real que inclui um programa de controlo e erradicação e um plano nacional de prevenção.
O nível de ameaça desta doença em Espanha e nos países vizinhos, como Portugal, os avanços científicos para o controlo e erradicação da doença e os riscos de propagação através das fronteiras europeias são alguns dos temas em análise neste evento.
No caso de Portugal, recorde-se que a “Psila Africana”, foi observada pela primeira vez na Europa, em 1994, na ilha de Porto Santo, na Madeira, provoca a deformação das folhas novas, que ficam enroladas acentuadamente para o interior, atrofiadas e amareladas, sendo que o consumo de citrinos recolhidos em árvores afetadas não tem qualquer risco para a saúde humana.
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