União Europeia vive impasse no comércio mundial
A definição de um acordo comercial claro no âmbito do Brexit e o impacto das tarifas retaliatórias entre UE e EUA estão em destaque na FoodDrinkEurope, que pede urgência de medidas em prol do setor agroalimentar, tendo emitido, recentemente, declarações conjuntas com parceiros do setor.
No contexto da negociação final das relações entre a União Europeia e o Reino Unido, garantir um acordo de comércio amplo livre de tarifas e de quotas, que tenha em conta, inclusive, medidas sanitárias e fitossanitárias, deve ser uma das prioridades. Este é um dos alertas deixados pela cadeia agroalimentar num comunicado conjunto, divulgado pela FoodDrinkEurope.
Entidades representantes de diversos segmentos do setor sublinham que devem ser garantidas condições de concorrência equitativas e elencam cinco grandes áreas a ser consideradas em todo este processo. Entre elas contam-se a necessidade de campanhas de informação rápidas e eficazes para ajudar as empresas a compreender as novas regras e a planear as suas operações e a importância de diálogo permanente entre a Comissão Europeia e as autoridades do Reino Unido, bem como entre os parceiros sociais e as partes interessadas, para resposta às questões que surgirão após 31 de dezembro de 2020.
Importantes para a indústria agroalimentar são também as relações com os EUA. Neste sentido, a FoodDrinkEurope e a norte-americana Consumer Brands Association vêm sublinhar que o setor está particularmente alarmado com os impactos negativos das tarifas retaliatórias entre EU e EUA quer na própria operação das cadeias de abastecimento, quer no emprego e junto dos consumidores.
Em comunicado, explicam que, desde outubro de 2019, uma ampla gama de produtos agroalimentares exportados pela UE tem sido alvo de tarifas retaliatórias dos EUA de 25% - o que levou a um declínio nas exportações de alguns produtos essenciais destinados ao mercado norte-americano - e que as exportações agroalimentares dos EUA, recentemente sujeitas também às tarifas retaliatórias da UE de 25%, “deverão passar por dores semelhantes no futuro”.
Por isso, ambas as entidades pedem agora urgência na resolução de tensões e que sejam eliminadas todas as tarifas retaliatórias em vigor sobre as exportações agroalimentares.
FONTE: FIPA