Transição digital em destaque nas “Territory Talks” da UTAD
O futuro afigura-se cada vez mais social, digital e mobile, mas será que a transição digital vai manter a velocidade vertiginosa na próxima década? Este é o ponto de partida da próxima sessão das “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)”, a 31 de janeiro. A partir das 18h, António Covas, professor da Universidade do Algarve, vai dinamizar o debate sobre o impacto da transição digital na economia portuguesa e nos seus territórios, explorando os riscos e as oportunidades que acarreta.
Acelerada pela pandemia de Covid-19, a revolução digital tem transformado as vidas dos cidadãos, a economia global, o mercado de trabalho, a mobilidade, o consumo e até o entretenimento. O relatório “A Digitalização do Mundo”, recentemente publicado, revela que mais de 60% do PIB global já é digitalizado, desencadeando operações comerciais e assumindo a dianteira nos modelos de negócios à escala planetária. Nesta sessão das “Territory Talks”, procurar-se-á antecipar alguns desafios que se colocarão a Portugal: a transição digital acentuará a macrocefalia metropolitana e os desequilíbrios territoriais entre os centros urbanos e os espaços rurais? A digitalização da economia e dos processos produtivos (incluindo o teletrabalho) vão criar emprego e riqueza nos territórios rurais de baixa densidade ou acabar com os seus já frágeis tecidos socioeconómicos?
António Covas abordará ainda a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas (IoT) ou a computação em nuvem como soluções para interconectar as Smart Cities, promover os territórios inteligentes, agilizar as reações perante emergências, reduzir a poluição ou tornar as energias renováveis mais acessíveis.
De participação gratuita e aberta ao público em geral, o próximo webinar das “Territory Talks” terá transmissão em streaming e moderação dos investigadores do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD), Luís Ramos e Lívia Madureira.
“Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” até 2023
Organizadas no âmbito do 20º aniversário do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD), as “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” procuram traçar uma visão prospetiva dos territórios, pela voz de um conjunto de especialistas.
Até meados de 2023, as “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” vão contribuir para (re)pensar o lugar que os territórios podem e devem ocupar na construção de um cenário prospetivo, desejável e possível para Portugal, à luz dos grandes desafios societais, ambientais e tecnológicos do século XXI (a crise climática e a transição energética, o uso eficiente de recursos e a conservação da biodiversidade, a crise demográfica e a renovação geracional, a transformação digital da sociedade e da economia, a reconfiguração do modelo de globalização e a reindustrialização, os novos modelos para o trabalho e para a mobilidade dos indivíduos e das empresas, a crise da democracia, o futuro da agricultura e da alimentação, entre outros).
Nota biográfica de António Covas
O convidado da próxima sessão do ciclo “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” é doutorado em Assuntos Europeus pela Universidade de Bruxelas (1987) e a sua investigação incide sobre os assuntos europeus e a governação multiníveis, a baixa densidade e a segunda ruralidade, a transição digital, a inteligência coletiva e a arte da smartificação dos territórios.
Atualmente aposentado, António Manuel Alhinho Covas é professor catedrático da Universidade do Algarve desde 2000. Foi Pró-Reitor e Vice-Reitor da Universidade de Évora (1990-95) e assessor ministerial (1995-99).
É autor de 35 livros publicados nas áreas dos Estudos Europeus e dos Estudos Rurais e Territoriais, para além de inúmeros artigos em revistas e imprensa nacional. Foi membro do Conselho Deontológico da Ordem dos Economistas, Conselheiro Nacional de Educação, Vogal do Programa Operacional do Algarve entre 2008-2014 e membro de vários centros de investigação.