TalentA em Portugal anuncia as três vencedoras no Dia Internacional da Mulher

Sónia Brito foi a grande vencedora do prémio financeiro e de formação com a SR Berry, um projeto que nasceu no Algarve e que tem como objetivo alargar a capacidade de produção de diospiros. De Trás-os-Montes vêm as outras duas finalistas: Gilda Preto e Aline Domingues.

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Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 8 de março e a sua importância para o futuro rural, a Corteva Agriscience e a Confederação dos Agricultores de Portugal anunciaram as três vencedoras da 1ª Edição do Programa TalentA, uma iniciativa pioneira que tem como objetivo capacitar com formação e financiamento as empreendedoras rurais.

Os três projetos vencedores

  • Sónia Brito| ‘SR Berry’

A CAP e a Corteva entregaram o primeiro prémio a Sónia Brito pela iniciativa SR Berry, um projeto que nasceu em Lagoa, no Algarve, e que tem como objetivo alargar a capacidade de produção de diospiros.

Licenciada em Engenharia Civil e investiu na agricultura aproveitando terrenos de herança e as excecionais condições climáticas da região do Algarve para desenvolver a produção de pequenos frutos vermelhos destinados à exportação.

Neste momento produz amoras, framboesas e dióspiros. O objetivo é aumentar a capacidade de produção de dióspiros para responder à procura de mercado.

A tecnologia utilizada pela SR Berry na exploração é a hidroponia – cultura sem solo. O substrato orgânico é composto por várias substâncias 100% naturais. A fruta produzida na SR Berry é 100% natural e é certificada pela Global GAP e GRASP.    

  • Gilda Preto| ‘Biotecnologia para a propagação de plantas in vitro’

Por outro lado, a jovem empreendedora Gilda Preto, de 28 anos, recebeu um dos dois prémios de finalista, pelo seu projeto para montar um laboratório de Biotecnologia para a propagação de plantas in vitro e uma estufa com sistema de rega automatizado, em Malhadas, Miranda do Douro.

Gilda é licenciada e mestre em Engenharia Biotecnológica, pelo Instituto Politécnico de Bragança. O projeto finalista consiste na aposta em propagação de plantas in vitro usando técnicas de cultura de tecidos vegetais. Estas técnicas permitem obter um elevado número de plântulas, na propagação de espécies de difícil reprodução, espécies em vias de extinção ou quando se pretende obter plântulas de com qualidade genética. O objetivo de Gilda é ao fim de 5 anos ter um total de vendas na ordem de 250.000 plantas por ano.

  • Aline Domingues| ‘Menina d’Uva’

E, finalmente, Aline Domingues obteve mais um dos prémios de finalista pelo seu projeto de vinhos “Menina d´uva”, que recupera vinhas velhas que têm entre 30 e 65 anos, localizadas na região de Vimioso, para produção de vinho biológico.

Aline é licenciada em Biologia molecular e trabalhou em vários laboratórios de investigação, na área da genética da levedura. Fez um ano de formação em Bourgogne onde obteve o diploma de engenharia nos processos de fermentação do vinho, cerveja e do queijo. Viajou pela Bélgica e Grécia para tirar cursos de cerveja e queijo. Despertou, entretanto, o interesse no vinho saudável (natural) e em 2017 instalou-se na Aldeia de Uva onde iniciou o projeto de vinhos Menina d’Uva, produzidos de forma artesanal e em vinhas velhas recuperadas. O vinho Menina d’Uva é proveniente de agricultura biológica e a viticultora pretende a médio prazo adquirir mais terrenos e aumentar a produção, de forma a produzir mais de 10.0000 garrafas/ano.       

«Estamos bastante satisfeitos com os resultados da 1ª edição deste programa em Portugal, cujo número de candidaturas superou as nossas expectativas, e até mesmo o número de candidaturas em Espanha. A nossa missão é continuar a apoiar as mulheres rurais neste processo para que tenham o impulso necessário para que os seus projetos se consolidem», destacou Clara Serrano, líder Corteva Agriscience do Sul da Europa.

Também Luís Mira, Secretário-Geral da CAP, manifestou o entusiasmo da Confederação com o programa TalentA «que veio dar a conhecer o imenso esforço das mulheres no investimento e na melhoria tecnológica no sector agrícola. As vencedoras representam uma nova vaga de mulheres agricultoras com formação superior e que desenvolvem projetos inovadores, com grande incorporação de tecnologia e conhecimento. É este o caminho para a rentabilidade económica, a sustentabilidade ambiental e todos os desafios que a Europa enfrenta no pacto ecológico europeu».

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