Reprogramação do Portugal 2020 dá novo destino a €2,4 mil milhões

Depois de aprovados projetos para 70% do orçamento total do Portugal 2020, a reprogramação agora concluída vai reafetar 2,4 mil milhões que vão alavancar mais de sete mil milhões em investimentos.

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A reprogramação do Portugal 2020 está concluída e já teve luz verde da Comissão Europeia.

São 2,4 mil milhões de euros de fundos estruturais que serão transferidos para «áreas prioritárias para o desenvolvimento do país» e que vão alavancar um investimento de sete mil milhões de euros, dos quais cinco mil milhões serão da responsabilidade das empresas.

«A reprogramação não é dinheiro fresco, nem novo. É a reafetação de verbas», sublinha o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Nelson Souza aponta que as três grandes aposta da reprogramação são as empresas, as pessoas e o território.

«Ao nível das empresas, do Sistemas de Incentivos, onde temos apostado mais, são reafetados 632 milhões de euros, que vão ser mais alavancados com a banca», diz o responsável numa alusão à solução encontrada para que os bancos financiem a componente reembolsável dos fundos.

«Contamos mais do que duplicar esses 600 milhões de euros», diz. Como? «As taxas de apoio às empresas são menores do que noutras áreas — em média rodam os 50% e não os 85% de outras áreas — o que alavanca muito mais», explica.

«Tudo somado prevemos um investimento total de cinco mil milhões de euros. Com os nossos recursos, os recursos da banca e ainda algumas disponibilidades que temos com base nas quebras que prevemos», elenca Nelson Souza. Ou seja, as verbas que são libertadas após a desistência de alguns projetos que já tinham visto o financiamento aprovado, ou a revisão em baixa de um investimento em curso.

A segunda grande prioridade é a aposta nas qualificações. Em causa está um reforço de 877 milhões de euros dirigido à qualificação de jovens (350 milhões) de adultos, nomeadamente nos centros Qualifica (280 milhões de euros) e estágios e apoios à contratação (247 milhões).

Finalmente, a área que vai receber o reforço mais significativo é o território. São 897 milhões de euros, que deverão alavancar um investimento total de 1,3 mil milhões.

Neste capítulo estão incluídos os metros de Lisboa, do Porto, a linha de Cascais e o sistema de mobilidade em Coimbra, projetos que vão receber um apoio dos fundos de 285 milhões de euros”, sublinha Nelson Souza.

Fonte: ECO 

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