Rendimento da atividade agrícola deve aumentar 3,4% em 2015

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O rendimento da atividade agrícola deve aumentar 3,4% em 2015, após a redução de 1,7% registada no ano anterior, refletindo a subida de 4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), prevê o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A primeira estimativa do INE (será divulgada uma segunda até 31 de janeiro de 2016) aponta ainda para um crescimento nominal da produção face a 2014, devido ao acréscimo em volume (3,6%) que compensou a descida de 1,5% dos preços base, decorrente da redução de 1,6% dos preços pagos ao produtor, dado que se prevê um aumento de 3,8% dos subsídios aos produtos.

Quanto à evolução nominal positiva do VAB «traduz o acréscimo previsto da produção do ramo agrícola (2%) superior ao aumento do consumo intermédio», estimando-se que em termos reais o VAB atinja 6,1%, reflectindo crescimentos de 3,6% em volume de produção e 2,1% do consumo intermédio.

Para a produção vegetal perspetivam-se aumentos em volume e em preço (1,5% e 2,9%, respetivamente), enquanto a produção animal deve aumentar em volume (6,3%) e diminuir em termos de preços base (6,8%).

No que diz respeito ao consumo intermédio, o ligeiro acréscimo nominal (0,8%) resulta de um aumento do volume (2,1%), já que os preços devem apresentar uma redução (1,3%).

Para esta evolução contribuíram os alimentos para animais (variações de 2,9% em volume e -1,8% em preço) e a energia e lubrificantes (1,4% em volume e -9,1% em preço).

O rendimento da atividade agrícola reflete ainda a diminuição estimada dos subsídios (6,9%), que resulta de uma estimativa de aumento de 3,8% nos subsídios aos produtos e redução de 9,9% nos outros subsídios, bem como o decréscimo do volume de mão-de-obra agrícola (-3,7%).

Comparando a evolução do rendimento da atividade agrícola entre os triénios 2000-2002 e 2012-2014 com os países da União Europeia (UE27), verifica-se que este indicador evoluiu em Portugal de forma menos favorável que a média dos Estados-membros (7,4% e 39,8%, respetivamente), mas mais vantajosa do que em países mediterrânicos como Espanha, Grécia e Itália. 

Fonte: Lusa

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