Produção de vinho na UE vai reduzir esta campanha

As novas estimativas do Copa-Cogeca revelam uma redução da produção de vinho para este ano na União Europeia (UE) em comparação com os níveis do ano passado, principalmente devidos às más condições meteorológicas.

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No entanto, espera-se uma boa qualidade, segundo o presidente Coste. Esta previsão procede do debate que decorreu no grupo de trabalho “Vinho”, do Copa-Cogeca sobre as novas estimativas de colheita.

Na sua intervenção em Bruxelas, o presidente do grupo do “Vinho”, Thierry Coste, declarou que «para onde quer que se olhe», vê-se na UE que algumas regiões foram muito afetadas e outras nem tanto, pelas condições meteorológicas. Desde a seca às geadas e o granizo. Por conseguinte, a colheita da UE não «é muito abundante, mas de boa qualidade. Apesar de tudo, a produção mantém bons níveis depois do óptimo ano de 2015».

Segundo as estimativas, a produção desceu na maioria dos Estados-membros. Itália continua a ser o principal produtor com uma produção de 50,5 milhões de hectolitros em comparação com os 51,5 do ano de 2015, com boa qualidade. As exportações de Itália também subiram em 2016 face a 2015.

Para Portugal espera-se uma redução de 20% da produção, até 5,6 milhões de hectolitros face aos 7,0 de 2015, mas com diferenças entre as várias regiões.

Para a França prevê-se uma quebra da produção de 12% até os 42 milhões de hectolitros, de boa qualidade e com aumento das exportações em relação ao ano passado.

Espanha espera uma colheita ligeiramente inferior, de cerca de 41,5 milhões de hectolitros em comparação a 2015, no entanto, ainda não terminou em todas as regiões, registando ainda um resultado recorde de exportações.

Na Alemanha, apesar de a colheita não ter terminado, estima-se um total de 8,55 milhões de hectolitros em comparação com os 8,87 do ano anterior. Na Hungria, os produtores sofreram com as geadas, mas sem grandes perdas e a produção pode atingir 12,75 milhões de hectolitros, um pouco superior a 2015.

A produção na Áustria pode chegar a 1,75 milhões de hectolitros, inferior ao ano passado, sobretudo devido às geadas e, por último, para a República Checa espera-se uma colheita de boa qualidade, mas com quebra da produção, até um total de 550 mil hectolitros face aos 740 mil de 2015.

Em resumo, Thierry Coste indicou que, «em geral, a colheita de 2016 está em linha com as anteriores e, em geral, de boa qualidade».

Fonte: Agrodigital 

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