Produção de maçã na UE com quebra de 0,3% em 2016

A produção de maçã na União Europeia em 2016 decresceu 0,3% relativamente a 2015, mas em Portugal a quebra situou-se entre os 35 e os 40%, disse Maria do Carmo Martins, do Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional.

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«Os principais países produtores tiveram um decréscimo de produção como, por exemplo, a França, com menos 0,7%», explicou Maria do Carmo Martins aos produtores presentes numa sessão de apresentação do balanço da campanha da maçã a nível europeu, realizada em Moimenta da Beira.

No entanto, houve países, como a Polónia, com «um aumento de 0,4% relativamente à campanha passada e de 14 pontos percentuais (p.p.) relativamente às últimas três campanhas», acrescentou.

Segundo Maria do Carmo Martins, em setembro, Portugal «tinha uma previsão de quebra na ordem dos 20 p.p. relativamente ao ano passado», mas dados atuais apontam que esta se situe entre os 35 e os 40%.

A responsável explicou que, «com exceção da geada que afetou alguns países da Europa Central», em geral as condições climáticas foram favoráveis e refletiram-se na qualidade dos frutos.

No que respeita às exportações da UE, prevê-se que «permaneçam inalteradas em 1,6 milhões de toneladas para mercados como a Bielorrússia, Médio Oriente e norte de África, uma vez que a Rússia continua a sua proibição até 2017».

«Prevê-se que as importações continuem a sua lenta recuperação desde 2014/15, subindo 11 mil toneladas, para as 460 mil toneladas, suportada em proveniências do hemisfério sul», acrescentou.

No que respeita aos mercados considerados mais importantes em termos mundiais, Maria do Carmo Martins referiu, por exemplo, que «a produção da China deve subir novamente cerca 900 mil toneladas, para as 43,5 milhões de toneladas, uma vez que as áreas plantadas devem compensar as perdas relacionadas ao clima nas províncias de Shaanxi e Shandong».

Maria do Carmo Martins aproveitou para sensibilizar os produtores para um estudo de investigadores do Freshness Lab do Instituto Superior de Agronomia que concluiu que «uma nova classificação da maçã com base na sua riqueza em compostos bioativos benéficos para a saúde pode ser uma boa alternativa», visto que esta é cada vez mais uma preocupação dos consumidores.

Fonte: Lusa 

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