Previsões Agrícolas para julho

Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas, as previsões agrícolas, em 30 de junho, apontam para a manutenção dos rendimentos unitários no trigo e triticale e para a diminuição na cevada e aveia em menos 5%, contrariando as primeiras projeções que indicavam aumentos generalizados nos cereais de inverno (apenas no centeio se mantém a previsão de aumento, de 5%, face a 2019).

Fruticultura

Quanto às culturas de primavera/verão, prevê-se a manutenção da área de milho, cerca de 83 mil hectares, e a redução da de arroz em 10%, resultado das intervenções na obra de regadio do Vale do Sado. Na batata as colheitas apontam para produtividades semelhantes às alcançadas na campanha anterior, enquanto no tomate para a indústria e girassol, as perspetivas são de boas campanhas, com rendimentos unitários superiores à média dos últimos cinco anos (+5% e +7%, respetivamente).

Nos pomares o cenário é de quebra generalizada nas produções. Nas prunóideas, a ocorrência de forte precipitação no interior Centro (finais de março e de maio), contribuiu para quebras no pêssego, de 10%, e na cereja, de 60%. Nas pomóideas, também em resultado de condições meteorológicas adversas, o vingamento dos frutos foi deficiente, provocando diminuições de produtividade da ordem dos 15% na maçã e dos 35% na pera.

Produção de aves e ovos

O volume de produção de frango aumentou 2,5%, com 27 682 toneladas, mais 2,4% em abril. O número de cabeças foi também superior em 5,6%, mais 1,6% em abril, resultado de animais com peso médio inferior à altura do abate. A produção de ovos de galinha para consumo apresentou um aumento de 9,2%, menos 0,4% em abril, com 9 733 toneladas produzidas, volume semelhante ao registado no mês anterior.

Produção de leite e produtos lácteos

A recolha de leite de vaca foi 175,2 mil toneladas, o que representou um ligeiro aumento de 0,5%, mais 0,7% em abril. Os produtos lácteos tiveram um decréscimo de 3,3%, menos 0,6% em abril, devido sobretudo à menor produção de leite para consumo (-3,0%) e de leites acidificados (-9,1%), tendo-se registado também uma redução no queijo de vaca (-5,2%) e na manteiga (-1,0%).

O impacto da Covid-19

Em maio de 2020 assistiu-se a uma redução do volume de abate de gado (-6,6%) para todas as espécies exceto bovinos, bem como do volume de abate de aves e coelhos (-7,5%) para as principais espécies (galináceos, perus e patos). As medidas de desconfinamento e a reabertura da restauração a partir do dia 18 de maio não se traduziram no aumento da produção, tendo-se observado neste mês que o decréscimo da produção foi acompanhado pela diminuição em 7,0% do índice de preços no produtor para a Produção Animal, nomeadamente para bovinos (-4,7%), suínos (-9,4%), ovinos e caprinos (-17,6%) e aves de capoeira (-17,4%).

Os produtos lácteos tiveram um decréscimo do volume de produção de 3,3%, sendo de assinalar a redução no leite para consumo, leites acidificados e queijo de vaca. 

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