Previsões agrícolas em outubro de 2020

Segundo o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas relativo ao mês de outubro do Instituto Nacional de Estatística (INE),  as previsões agrícolas, em 30 de setembro, apontam para uma diminuição generalizada na produção das fruteiras.

Agricultura

Na maçã prevê-se uma redução de 20% face a 2019, sendo que na pera esse decréscimo é ainda mais significativo (-35%), antecipando-se a pior campanha da última década.

No pêssego a produção deverá rondar as 30 mil toneladas (-25%), sendo a queda de granizo de maio no interior Centro a principal responsável por esta diminuição.

Quanto aos frutos de casca rija, estima-se uma diminuição na produção de amêndoa (-10%), embora continue bastante acima da média do último quinquénio (+55%). Na castanha a produtividade deverá aumentar 5% face à última campanha.

Quanto à vinha, e apesar da heterogeneidade regional, prevê-se uma diminuição de 5% na produção face à vindima de 2019, esperando-se vinhos equilibrados em termos de acidez e teor alcoólico.

Nas culturas anuais, destaque para diminuições de 10% na produção de tomate para a indústria, em consequência do decréscimo na produtividade média face a 2019 (campanha que registou um rendimento unitário historicamente elevado), e de arroz, resultado da menor área semeada e de alguns constrangimentos culturais.

Na batata de regadio a produção deverá manter-se semelhante à de 2019, tal como no milho de regadio.

Preços e índices de preços agrícolas

Em setembro de 2020, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas no azeite a granel (+21,3%), plantas e flores (+13,2%), frutos (+10,7%), suínos (-13,5%) e ovos (-11,8%).

Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se na batata (+47,0%), frutos (+11,9%), hortícolas frescos (+9,9%) e ovinos e caprinos (+5,8%).

Em junho de 2020, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) diminuiu 1,0% e o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 1,4%.

Relativamente ao mês anterior, assistiu-se a um decréscimo de 0,2% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente e a um aumento de 0,1% no índice de preços de bens e serviços de investimento.

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