Preços dos alimentos caem para níveis de 2010

Os preços dos alimentos estão em queda, atingindo níveis de há quatro anos, dadas as perspetivas de melhores colheitas e de corte de custos na produção de açúcar e cereais, avançou a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas.

O índice de 73 preços de alimentos em todo o mundo voltou a cair em fevereiro, desta vez em um por cento para 179,4 pontos, um valor que já não se atingia desde julho de 2010.

Este índice caiu 25 pontos percentuais desde que atingiu um recorde em 2011 e dez pontos nos últimos 11 meses.

Os preços mais baixos dos alimentos e a queda do preço da energia ajudaram a empurrar os preços das matérias-primas para o nível mais baixo em mais de uma década.

Estas quebras influenciaram também a as perspetivas de aumento da inflação em muitos países. Em janeiro, os preços ao consumidor caíram na zona euro e subiram ao ritmo mais lento dos últimos cinco anos na China.

A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) elevou sua estimativa para a produção de cereais, sendo que é esperado um aumento de stocks para níveis de há 15 anos.

A medida dos custos de cereais caiu 3,2 pontos a partir de janeiro e traduz-se numa queda de 14% face ao ano anterior, diz o relatório.

Os preços do açúcar caíram 4,9% mês a mês, uma queda de 12 pontos em relação ao ano passado. As chuvas no Brasil melhoraram as perspetivas de colheita para a maior produtora deste alimento.

A produção global de cereais subiu 0,8 pontos, para 2.542 milhões de toneladas no ano passado, 0,3 por cento superior à a estimativa anterior da agência.

Os stocks mundiais vão subir 8,6 por cento, para 630,5 milhões de toneladas até ao final de junho, traduzindo um segundo aumento anual sucessivo.

O preço dos lácteos aumentou 4,6 por cento, o maior aumento desde Fevereiro do ano passado. Os custos aumentaram devido à seca na Nova Zelândia, o maior exportador de leite em pó.

Fonte: Económico 

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