Preço dos produtos agrícolas mundiais em queda recorde

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Um relatório do Departamento das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado há poucos dias, indica que o preço dos produtos agrícolas mundiais apresentaram, em agosto de 2015, a maior descida mensal desde dezembro de 2008.

Esta queda deve-se, sobretudo, às boas perspetivas de produção de cereais e ao abrandamento das importações por parte da China, devido à evolução económica no país.

Os preços desceram em agosto 5,2% em relação a julho.

Os cereais registaram uma baixa de preços de 7% em agosto, relativamente a julho (e de 15,1% num ano), sobretudo pressionados pela baixa do preço do trigo e milho, devido às boas perspetivas de colheita.

A FAO prevê, para 2015, uma produção de cereais de 2540 milhões de toneladas, ou seja, mais 13,8 milhões de toneladas do que as previsões em Julho.

Esta subida de produção é devida, sobretudo, ao milho na Argentina e no Brasil.

A colheita de trigo deve também ser abundante, 728 milhões de toneladas, devido às boas produções na União Europeia, na Austrália, na Rússia e na Ucrânia, que devem compensar largamente a queda de produção no Canadá.

Os óleos vegetais seguiram a mesma tendência, com uma descida de preços de 8,6%.

Os produtos lácteos, como o leite em pó, o queijo e a manteiga, também se caíram 9%, sobretudo devido ao abrandamento das importações da China e do Norte de África.

O açúcar perdeu 10%, sobretudo devido à desvalorização do real brasileiro face ao dólar e as estimativas de grande produção na Índia, que deve vir a ser o segundo produtor mundial em 2016.

Só os preços da carne se mantiveram relativamente estáveis, apesar de os preços estarem 18% inferiores aos preços máximos atingidos em agosto de 2014.

Fonte: Reuters/Agronegócios

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