Potenciais vacinas contra a peste suína africana

Em 2019, a China foi o primeiro país a iniciar os testes clínicos de uma vacina contra esta doença que afeta suínos. Em março deste ano, o Instituto de Pesquisa Veterinária de Harbin, principal órgão de pesquisa em doenças de animais da China, defendeu ter desenvolvido uma vacina contra a peste suína africana (PSA) cujos testes laboratoriais mostraram ser seguros e eficazes. Agora, os cientistas do Instituto Pirbright, no Reino Unido, acreditam que uma vacina contra a peste suína africana poderá estar para breve. 

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Sobre a solução chinesa, o instituto, supervisionado pela Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, disse que a vacina foi criada a partir de uma série de vírus com genes deletados, utilizando a primeira cepa de peste suína africana do país enquanto espinha dorsal. Contudo, na altura, não foi oferecida uma perspetiva para o início da produção da vacina.

O desenvolvimento de vacinas oficiais na China foi priorizado depois que vacinas experimentais não autorizadas foram utilizadas para imunizar milhões de suínos no país. As vacinas ilegais causaram "caos", muito devido aos níveis variáveis de eficácia.

Agora, os investigadores do Instituto Pirbright acreditam ter realizado o primeiro avanço, a nível mundial, no que diz respeito à proteção dos suínos contra a PSA. O novo estudo apresentou a imunização em 100% dos suínos testados. O estudo, que conta com a participação de duas investigadoras portuguesas, Raquel Portugal e Ana Luísa Reis, conseguiu que todos os suínos imunizados com a nova vacina ficassem protegidos contra uma dose letal do vírus.

Esta vacina vetorial foi criada através da inserção de oito genes do ASFV estrategicamente selecionados num vetor não prejudicial do vírus, sendo que o vetor desencadeia uma resposta do sistema imunitário.

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