Portugal já pode exportar cereais lácteos para a China

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Portugal já pode exportar para a China cereais lácteos, um produto muito procurado naquele país, anunciou o secretário de Estado português da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito.

«Na área dos laticínios, a China autorizou agora o alargamento das exportações de cereais lácteos, as chamadas «papas», satisfazendo um pedido recente de Portugal. A partir de hoje já podemos exportar», disse o governante português no final de dois dias de contactos em Pequim.

Cerca de 30 empresas portuguesas já estão habilitadas a exportar para a China leite, queijos, iogurtes e outros produtos do género, mas as papas, que envolvem laticínios e cereais, careciam de «uma autorização especial».

A autorização foi concedida pela Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), um organismo com estatuto ministerial que Nuno Vieira e Brito visitou a 19 de maio, pela quinta vez no espaço de três anos.

«Estes processos nunca são fáceis, qualquer que seja o país, e a China é um mercado tão relevante que todos querem estar aqui», comentou o governante.

«No nosso caso, temos sido tratados com a maior simpatia e elevada cordialidade», acrescentou.

Nuno Vieira e Brito anunciou também que a China enviará em julho a Portugal «uma missão técnica para inspecionar as condições portuguesas na área da criação de equídeos», nomeadamente os famosos cavalos lusitanos.

Já há cavalos portugueses na China, mas são exportados diretamente de Portugal, referiu.

Na reunião com responsáveis da AQSIQ, o secretário de Estado abordou igualmente os dossiers relacionados com a exportação de arroz e de uva de mesa: «estão em fase final de análise de risco e teremos uma resposta muito em breve».

Quanto à carne de porco e derivados, que Portugal deseja exportar para a China, Nuno Vieira e Brito adiantou que o processo de certificação deverá estar concluído este verão, com a assinatura de um protocolo visando especificamente este tipo de produtos. «Estou francamente optimista», afirmou.

Nuno Vieira e Brito foi o segundo governante português recebido em Pequim no espaço de uma semana, depois do secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias. As visitas coincidem com um bom momento das relações económicas e comerciais entre os dois países.

Segundo a Administração-geral das Alfândegas Chinesas, em 2014, as exportações portuguesas para a China cresceram 18,8% em relação ao anterior, ultrapassando pela primeira vez 1.600 milhões de dólares. O crescimento foi particularmente acentuado no setor agroalimentar.

Segundo o gabinete de Nuno Vieira e Brito, nos últimos dois anos, as exportações agroalimentares de Portugal para a China continental cresceram 25%, ultrapassando 20 milhões de euros em 2014, e no primeiro trimestre de 2015 aumentaram 80% em relação a igual período do ano anterior.

Fonte: Lusa

 

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