Pera rocha vai passar a ser exportada para o México, Costa Rica e Colômbia

Os produtores de pera rocha vão passar a poder exportar para o México, Costa Rica e Colômbia, anunciou o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.

«O México abriu na passada semana as suas fronteiras à pera rocha», afirmou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, adiantando que «a partir da próxima campanha» os produtores passarão a ter como alternativa aquele que é «um mercado extremamente importante, que pela grande dimensão quer pela sua capacidade económica».

O mesmo acontece com a Costa Rica, mercado que na próxima campanha poderá ser uma alternativa de escoamento da pera que, face ao embargo da Rússia, perdeu um mercado que valia 4,1 milhões de euros anuais.

A par, afirmou Nuno Vieira e Brito, uma delegação da Colômbia «virá no final deste mês visitar as nossas explorações e organizações de produtores para que possamos, também na próxima colheita, exportar para aquele país».

Ao setor que no último ano viu aumentar a concorrência dos países europeus, impedidos de exportar para a Rússia, abre-se assim, segundo o governante, «um mercado mais exigente, mais valorizado e que poderá trazer maior riqueza para os produtores do Oeste».

No Bombarral, onde visitou o 32.º Festival do Vinho Português, que decorre paralelamente com a 22.ª Feira Nacional da Pera Rocha, Nuno Vieira e Brito, anunciou ainda que o Governo solicitou, na semana passada à Comissão Europeia que «autorizasse por mais um ano a aplicação da toxiquina [um produto fitossanitário] em pera devidamente controlada que vá para países terceiros».

A exceção, que já foi concedida nos últimos anos, pretende «salvaguardar problemas de conservação da pera» para que esta possa continuar a ser exportada para «países que usam a toxiquina», ou seja, mercados exteriores à União Europeia.

Ainda assim, adiantou, para que Portugal possa cumprir a diretiva europeia que impede a utilização da toxiquina, o Governo está também a «apoiar todos os mecanismos de inovação para que consigamos encontrar alternativas» para a conservação do fruto.

A garantia de Nuno Vieira e Brito foi dada durante o jantar anual da pera rocha e do vinho, integrado no festival que decorre até 9 de agosto na Mata Municipal do Bombarral.

No evento foram homenageados os produtores presentes no certame e entregues os prémios do Concurso de Vinhos, setor que, ao contrário da pera (cuja produção conheceu uma quebra), passa um momento positivo que mereceu referências do secretário de Estado.

«O vinho tem cada vez mais valores de exportação que são recordes atingindo os 730 milhões de euros», recordou, sublinhando ter-se registado uma «quer um aumento da produção e da exportação» quer o seu valor por unidade, sendo por isso «um bom exemplo do setor agra-alimentar», rematou.

Fonte: Lusa

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