Parlamento Europeu e governos nacionais mais empenhados do que nunca na poupança de energia
Em setembro passado, o Parlamento Europeu aprovou uma proposta para aumentar a quota de energias renováveis no consumo final de energia da UE para 45% até 2030. Paralelamente, foram estabelecidas outras metas que afetam diferentes setores, e Eaton, empresa líder na gestão de energia, destaca algumas delas.
No setor dos transportes, por exemplo, a utilização de energias renováveis deveria conduzir a uma redução de 16% nas emissões de gases com efeito de estufa, através da utilização de quotas mais elevadas de biocombustíveis avançados e de uma quota mais ambiciosa de combustíveis renováveis de origem não biológica, tais como o hidrogénio.
Por sua vez, os Estados-Membros devem assegurar coletivamente uma redução no consumo final de energia de pelo menos 40% até 2030, e uma redução de 42,5% no consumo de energia primária, em comparação com o nível de 2007.
José Antonio Afonso, responsável do segmento de Commercial Buildings da Eaton Iberia, comenta: "Chegámos a um momento em que é crucial que sejam implementadas medidas em todos os setores para perseguir as energias renováveis. Os novos objetivos do Parlamento Europeu refletem os progressos que precisamos de fazer para que amanhã seja um dia mais verde e mais sustentável para todos os países. Aumentar a quota das energias renováveis no nosso consumo final de energia será uma solução chave para fazer melhor uso do mundo em que vivemos e proporcionar benefícios tanto para os consumidores como para as empresas e organizações".
Plano de Poupança de Energia 2022-2023: as novas medidas do governo para poupar energia para o Inverno
Por outro lado, o Governo português aprovou em setembro também o Plano de Poupança de Energia 2022-2023 com o objetivo de, entre outras coisas, proporcionar mais segurança contra os preços da energia para as famílias e a economia nacional, no seu todo, reduzindo o consumo de gás e protegendo os consumidores. A este propósito a Eaton destaca algumas medidas mencionadas no documento.
No que respeita aos edifícios públicos, a Administração pública deve reduzir o consumo energético associado à iluminação pública, interior e exterior, assim como a energia na climatização de espaços e de complexos desportivos. Deverão promover, na medida do possível, práticas de gestão dos recursos humanos que permitam a redução dos consumos energéticos incentivando e privilegiando a produção local de eletricidade a partir de fontes de energia renovável.
Estas medidas são tão mais importantes, quanto o momento que vivemos. Agora que o Natal está cada vez mais próximo, um plano de ação que vise a gestão adequada e a renovação energética da iluminação pública pode gerar elevadas poupanças nas contas da administração pública, reduzir a poluição luminosa e diminuir a dependência energética.
"Face aos elevados preços da eletricidade, aos tempos incertos e à tensão vivida nos últimos meses, estes Planos de ação são um caminho que nos ajudará a experimentar a mais rápida recuperação possível até ao final do próximo ano. A implementação das medidas incluídas no Plano é da responsabilidade de todos, e se as cumprirmos, seremos todos vencedores, tanto económica como ambientalmente", salienta José Antonio.