“PAC não pode continuar a ser uma espada sobre a cabeça dos europeus” afirma COPA-COGECA

Na semana em que Parlamento Europeu inicia uma maratona negocial sobre a proposta da Comissão para a próxima PAC, os representantes dos agricultores europeus exigem o fim dos adiamentos sobre uma política que beneficia 76% dos cidadãos da Europa, não apenas os agricultores.

Agricultura

Num comunicado divulgado a 16 de outubro, o COPA-COGECA interpela os eurodeputados para que a semana de trabalho, que se iniciou a 19 de outubro, resulte em reais avanços e esclarecimentos sobre o futuro da política agrícola comum e sobre aquilo que os agricultores devem esperar da nova PAC.

Considerando a crise da Covid-19, a incerteza face ao Brexit e a questão das alterações climáticas, a actual situação socioeconómica exige dos decisores políticos o pragmatismo necessário para discutirem este tema “como uma necessidade e não como um luxo”, reafirma o comunicado.

COPA-COGECA partilha da opinião de 76% dos europeus que afirmam que a PAC beneficia todos os cidadãos e não apenas os agricultores, conforme dados do Eurobarómetro de 13 de Outubro.

As organizações recordam a história de sucesso que a PAC representa para a Europa, a qual permite -mesmo em tempo de crise como a que se vive- assegurar alimentos seguros e disponíveis para todos os consumidores, “um facto que não deve ser tido como garantido”, reforçam.

“A alimentação é demasiado importante para todos nós para entrar em revoluções ideológicas; pois a agricultura trabalha com uma actividade concreta levada a cabo pelos agricultores no terreno”.

Christiane Lambert, presidente do COPA, sublinha que «a proposta que está em cima da mesa não é perfeita, mas é o melhor compromisso com que podemos trabalhar neste momento», e que os agricultores estão disponíveis para adoptar medidas ambientais e climáticas, desde que «sejam exequíveis, voluntárias e assentes em instrumentos bem fundamentados».

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