Opinião: O projeto europeu FOODSAFETY4EU dedicado à segurança alimentar

Opinião de Pedro Queiroz

Pedro Queiroz é diretor-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA)

Pedro Queiroz FIPA

Imaginemos um vox pop. O objetivo seria perceber junto dos consumidores se sabem quais as etapas que os alimentos ultrapassam para que possam chegar à sua mesa.  Acreditamos que grande maioria diria que sim, remetendo as respostas para a produção agrícola, indústria, transporte e comércio. Mas acreditamos que o consumidor estará longe de abordar intuitivamente os procedimentos, regras estritas e regulamentação a que a cadeia agroalimentar tem de obedecer para que possa continuar a alimentar a população.

A verdade é que a indústria agroalimentar tem, proativamente, tomado medidas, inovado e investido para entregar aos consumidores produtos cada vez mais nutritivos, seguros, sustentáveis e acessíveis. Um breve exemplo deste empenho é o recente projeto europeu FOODSAFETY4EU, dedicado à segurança alimentar, que a FIPA integra. 

Contudo, a indústria não depende só de si. Depende de decisões políticas, que se fazem ao nível do comércio internacional e que têm vindo a ser construídas à luz do recente panorama económico mundial e de alterações de natureza geopolíticas como o exemplo o Brexit. Depende também de decisões fiscais, que podem onerar tanto o setor como o próprio consumidor.

Bloquear e complicar as regras para as transações comerciais é um passo para dificultar o funcionamento desta cadeia e o acesso aos alimentos por parte do consumidor. Taxar também o é.  Posto isto, é crescente a relevância dos acordos de comércio livre e de regras bem definidas para as transações internacionais, bem como é essencial que continuem a ser bem entendidos os esforços da indústria em prol dos consumidores e para alimentar a economia.

Os alimentos que nos chegam hoje à mesa devem-se sobretudo à capacidade de resposta da indústria e de toda a cadeia agroalimentar para preencher todos estes múltiplos requisitos.

Uma capacidade que se espelha, além de tudo isto, também na vontade de esta cadeia se unir para cumprir a sua missão de responsabilidade social, como é exemplo o movimento português “Unidos Contra o Desperdício” e do qual, em nome da indústria agroalimentar, a FIPA também faz parte.

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