Olival e Amendoal: Conheça as recomendações para combate das infestantes

Serviço Nacional de Avisos Agrícolas (SNAA) deixa algumas recomendações para o combate das infestantes em olival e amendoal.

amendoal

A presença do coberto vegetal, natural ou semeado em outubro, nos olivais e outros pomares, durante o repouso vegetativo das culturas lenhosas, tem a vantagem da proteção do solo para minimizar a erosão e melhorar a permeabilidade, assim como a estrutura do mesmo.

Porque as infestantes começam a competir com a oliveira e amendoeira, tanto pela humidade como pela nutrição, estamos no momento do controlo destas espécies vegetais, através de uma estratégia de proteção integrada, utilizando os herbicidas na linha como último recurso, pois estes têm a vantagem de manter o equilíbrio entre as principais culturas e as populações de ratos, toupeiras, caracóis, lesmas e insetos fitófagos do solo.

Mas pelo contrário quando utilizamos os herbicidas estamos a aumentar a probabilidade dos gases de efeito de estufa (GEE), (dióxido de carbono, metano e outros), contribuindo assim para o aumento da temperatura, bem como o aumento das radiações de calor.

Nos pomares com mais de quatro anos de idade, nesta altura em que as infestantes, já têm um bom desenvolvimento, aconselhamos a aplicação de um herbicida na linha, como alternativa às mobilizações tradicionais, pois estas aumentam o risco de erosão, e danificam mais a microflora e microfauna, interna do solo.

Estes herbicidas utilizados na linha, podem ser aplicados à parte aérea das infestantes, sistémicos ou de contacto. Podem ser aplicados ao solo nu, isto é, quando não houver infestantes, pois impedem a emergência das infestantes, durante o período de tempo da persistência da ação. Ou herbicidas de ação mista, que são misturas dos dois anteriores, que têm impacto, nas ervas existentes e impedem a germinação de novas infestantes. Não podem ser aplicados quando as infestantes estiverem muito desenvolvidas.

Quando se aplicam herbicidas, devemos ter os seguintes cuidados:

. Calibração do equipamento de aplicação, através da realização do ensaio em branco, para verificar o débito do pulverizador.

. Antes de utilizar qualquer herbicida, leia o rótulo e respeite as doses e condições de aplicação.

. Dê prioridade aos herbicidas menos tóxicos, para o homem e para o ambiente.

. Não aplique herbicidas em dias ventosos, para não tocar as árvores.

. Não aplique herbicidas com atomizadores, utilize pulverizadores com baixa pressão para evitar o arrastamento do produto.

. Não aplique herbicidas na entrelinha, para aumentar a biodiversidade e promover a instalação de predadores.

. Não aplique herbicidas na fase de floração das Infestantes, para protegermos as abelhas e outros insetos polinizadores.

. Não aplique herbicidas nos locais com IQFP igual ou superior a 3 no período entre 10 de novembro e 1 de março para contrariar o efeito da erosão.

Nota: Os herbicidas homologados para o olival e amendoal, devem ser consultados no site da DGAV: SIFITO- Sistema de Gestão das Autorizações de Produtos Fitofarmacêuticos Sifito.

No amendoal só devemos aplicar o herbicida após o vingamento da amêndoa. O controlo das infestantes na entrelinha, tanto nos olivais como nos amendoais, só deve ser executado, quando houver competição hídrica e nutritiva com as culturas. Este controlo deve ser executado com destroçadores de martelos, de correntes ou com gadanheira.

Em pomares de regadio, deve ser mantido o enrelvamento na entre linha durante todo o ano, com fertilizações de manutenção adequadas, para proporcionarmos uma melhor coexistência aos predadores.

Nota: Em modo de produção biológico, o enrelvamento natural ou semeado, deve ser controlado com ovelhas (6 a 8/ha encabeçamento normal em sequeiro), por exemplo da raça badana, porque são de menor corpulência, e os estragos causados ás árvores são mínimos, pois a altura da copa destas árvores é de 1,20m, para facilitar a velocidade de trabalho da colheita, que é a operação mais onerosa destas culturas.

Quando não seja possível o controlo das infestantes por estes ruminantes, devemos recorrer também a destroçadores de martelos, correntes ou gadanheiras acopladas ao trator quando estas infestantes tiverem algum desenvolvimento para formarem mulching.

Esta circular, bem como edições anteriores, pode também ser consultada e descarregada em

1 - www.drapnorte.gov.pt  Fitossanidade > Avisos Agrícolas > Terra Quente
2 - http://snaa.dgav.pt/ estações de avisos > Estação de Avisos da Terra Quente

Regiões

Notícias por região de Portugal

Tooltip