Obras em aproveitamento hidroagrícola condicionam área semeada de arroz

Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas do INE, tal como no milho, também não foi sem interrupções que se concluiu a sementeira do arroz.

Arroz

No Baixo Mondego, os campos ficaram semeados em final de maio, apesar das dificuldades de acesso das máquinas aos canteiros, em resultado da precipitação de final de abril/princípio de maio.

Já no Ribatejo, cerca de 50% da área de canteiros só foi semeada durante o mês de junho e no Alentejo, devido às obras de reabilitação do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, não foi possível semear cerca de três mil hectares de canteiros.

Esse impedimento originou, globalmente, uma diminuição de 10% da área instalada, face à campanha anterior, que se fixará nos 26 mil hectares.

Área de milho mantém-se nos 83 mil hectares

Após os meses de abril e maio, onde a precipitação conduziu a diversas interrupções nos trabalhos de instalação das culturas de primavera/verão, foi possível concluir no início de junho as sementeiras e plantações planeadas e as que se encontravam atrasadas, principalmente no litoral Norte e Centro.

Relativamente ao milho, não se preveem alterações das áreas instaladas, face à campanha anterior (76 mil hectares de milho de regadio e 7 mil de milho de sequeiro). 

Destaque para as dificuldades iniciais de desenvolvimento das searas, principalmente as semeadas mais cedo, bastante afetadas pelo excesso de precipitação.

Primeiras colheitas dos cereais de inverno apontam para produtividades semelhantes às da campanha anterior

Apesar das condições meteorológicas na fase do enchimento do grão (temperaturas elevadas e precipitação pontual) terem sido favoráveis para o desenvolvimento vegetativo dos cereais de inverno, as colheitas já efetuadas têm revelado grande variabilidade nas produções obtidas. As searas de aveia, já totalmente colhidas, apresentaram produtividades baixas, em especial as realizadas no cedo.

As primeiras debulhas dos restantes cereais de inverno (exceto centeio) têm confirmado que, em geral, a produtividade média não deverá ultrapassar a da campanha anterior. Assim, prevê-se a manutenção do rendimento unitário no trigo e triticale e uma diminuição na cevada e aveia (-5%). Quanto ao centeio, mais rústico (mas menos produtivo), estima-se um aumento de 5% na produtividade, face a 2019.

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