Nova direção da Associação de Orizicultores de Portugal dá prioridade à inovação e à gestão da água

A Associação de Orizicultores de Portugal (AOP) tem o prazer de anunciar a eleição de uma nova direção para o triénio 2024-2026.  A eleição ocorreu durante a Assembleia-geral realizada no dia 12 de janeiro no COTArroz, onde membros comprometidos com o setor foram escolhidos para conduzir a associação nos próximos anos.

Uma das principais características desta direção de continuidade é a sua expansão, incluindo membros adicionais com o objetivo de garantir uma representatividade mais abrangente em todo o país. A decisão de alargar a direção reflete o compromisso da associação em ouvir as diversas perspetivas dos orizicultores de diferentes regiões, garantindo uma abordagem transversal para os desafios enfrentados pelo setor.

A AOP representa 21.200 hectares de arroz, perfazendo assim 82% da área cultivada com este cereal. Portugal é o quarto maior produtor de arroz da Europa e ao nível do consumo é também dos principais, com um consumo per capita de 16 kg/ano de arroz branco.

Principais desafios e desígnios: Sustentabilidade e escassez de água

“A cultura do arroz tem mostrado o seu dinamismo, encontrando novas variedades de arroz que, por um lado, vão ao encontro das exigências do consumidor/mercado, evitando a importação de arroz, e, por outro lado, permitem aumentar a capacidade de exportação deste cereal produzido em Portugal. O trabalho de investigação desenvolvido em estreita parceria com o COTArroz permite também desenvolver variedades com menos necessidade de água e mais resistentes a doenças/pragas e salinidades”, salienta Carlos Amaral, reconduzido no cargo de presidente da direção da AOP.  

A nova direção assume responsabilidades num momento desafiante, reconhecendo a importância de abordar questões cruciais que impactam diretamente os orizicultores portugueses. Entre os desígnios prioritários desta gestão, destaca-se a abordagem à temática da água, um desafio significativo que tem afetado a produção de arroz um pouco por todo o país, com especial incidência na região de Alvalade, no Alentejo, e Lagoa, no Algarve.

“A direção da AOP está empenhada em encontrar soluções inovadoras que permitam aos orizicultores enfrentar a questão da água de maneira sustentável, mantendo ao mesmo tempo a competitividade do setor. Isso inclui a exploração de tecnologias avançadas, práticas agrícolas sustentáveis e a colaboração estreita com as partes interessadas, incluindo entidades governamentais, académicas e a sociedade civil”, acrescentou o mesmo responsável.

Ao nível da tecnologia, de destacar a opção se sementeira enterrada que muitos orizicultores têm escolhido e que lhes tem permitido reduções na ordem dos 20% na utilização de água.

Compromisso com a inovação e a colaboração

A nova direção da Associação de Orizicultores de Portugal assume o seu mandato com o firme compromisso com a inovação e a colaboração. Na ordem de trabalhos está o estabelecimento de parcerias estratégicas para promover a investigação e o desenvolvimento de técnicas agrícolas sustentáveis, bem como a implementação de políticas que incentivem práticas responsáveis no setor.

A Associação de Orizicultores de Portugal convida todos os membros da imprensa, partes interessadas e o público em geral a acompanhar de perto as iniciativas desta nova direção e a apoiar os esforços em prol de uma orizicultura portuguesa mais sustentável e resiliente.

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