Monção e Melgaço promovem origem do Alvarinho nos mercados internacionais em 2017

Os municípios de Monção e Melgaço vão iniciar em 2017 a promoção, nos mercados internacionais, da “origem do Alvarinho”, um selo de garantia exclusivo daquela subregião, disse o presidente da associação de produtores daquele vinho.

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Miguel Queimado adiantou que «após as vindimas deste ano será definido o plano de ação para 2017, que contemplará a promoção daquele produto nos mercados internacionais já com o selo da autenticidade e de certificação da origem e qualidade».

O presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA) revelou que o logotipo e o “slogan” da nova marca "Monção e Melgaço, a origem do Alvarinho" já foram apresentados ao mercado nacional, no qual se centram estes anos as acções de promoção.

A conceção do logotipo e do “slogan” da nova marca foram as primeiras etapas do Plano de Promoção da subregião de Monção e Melgaço, iniciado no final de 2015 e liderado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

«Trata-se da nova marca do território que abrange todos os produtores e engarrafadores dos dois concelhos, mas, obviamente, com uma casta bandeira que é o Alvarinho», explicou Miguel Queimado.

A APA representa os produtores dos dois municípios do distrito de Viana do Castelo, que desde 1908 detinham a exclusividade de produção do vinho Alvarinho.

O Plano de Promoção da Subregião de Monção e Melgaço prevê um investimento de três milhões de euros, durante seis anos, para promover «origem do Alvarinho» com um selo de garantia exclusivo, daquele território, dentro da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

As etapas seguintes, segundo Miguel Queimado, passam pela definição, «até meados de julho, da linha de comunicação da nova marca e pela realização de um programa de formação dirigido às cerca de 70 empresas ligadas à produção do vinho e aos agentes do sector turístico que contactam com enoturistas».

«Temos todos que comunicar a uma só voz, para que todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e o esforço financeiro que está a ser feito sejam eficientes e efetivos», sustentou.

O plano resulta do acordo sobre o alargamento da rotulagem Alvarinho alcançado em 13 de janeiro de 2015 e publicado em maio desse ano em Diário da República.

O acordo pôs fim a um diferendo entre os produtores da subregião de Monção e Melgaço, que detinham o exclusivo da rotulagem DOC Alvarinho, e os da restante região, que reclamavam o fim dessa exclusividade.

A APA representa 60% dos agentes económicos daquela subregião demarcada centenária, que, no seu todo, corresponde a 80% do volume de negócios desta atividade, estimada em cerca de 25 milhões de euros.

Anualmente são produzidos sete milhões de quilogramas daquela uva. A seleção «das melhores» dá origem a cinco milhões de litros daquele vinho, mas só dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de Alvarinho.

A exportação representa 10% do total das vendas anuais do vinho Alvarinho, sobretudo para mercados da América do Norte e do norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses, como a França.

Fonte: Lusa 

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