Moçambique procura investidores em Portugal para desenvolver Agricultura

arroz

Arroz, soja, milho e banana são considerados prioritários no setor agrícola moçambicano. O país está a trabalhar, em conjunto com Portugal, no sentido de reforçar as relações económicas entre os dois países e já há conversações com empresários agrícolas portugueses.

A agroindústria é uma das prioridades do país africano estando a ser realizado um forte investimento nas infraestruturas que garantam a exploração económica da água, avançou o Presidente da República moçambicano, Filipe Nyusi.

Está prevista a construção de mais barragens, aquedutos e outras infraestruturas com o objetivo de potenciar a agroindústria e a criação de postos de trabalho, assinalou Nyusi, no Fórum de Negócios Moçambique-Portugal, que reuniu, em Lisboa, cerca de meio milhar de empresários portugueses e moçambicanos.

Está também em curso um processo de reformas fiscais que tem como objetivo final o incremento da economia produtiva.

Lourenço Sambo, diretor-geral do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) moçambicano, explicou que a procura de arroz no país é grande e que, apesar da produção nacional estar a crescer acentuadamente, também as importações desse produto estão a aumentar.

«O país importa mais de 60% do arroz consumido», sendo o terceiro maior importador a nível da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

A soja é um elemento fundamental para os sectores do óleo alimentar e da avicultura. «A soja é a principal componente do custo da alimentação dos frangos (cerca de 74%)», assinalou Lourenço Sambo.

Acresce ainda o milho, a cultura alimentar mais importante de Moçambique e um dos alimentos base da dieta na áfrica austral, no qual é necessário investimento em matéria de «agroindústria local para abastecer o mercado local e regional», frisou o diretor do CPI.

Finalmente, a banana é vista como um produto que poderá contribuir para a redução do défice nos mercados do Médio Oriente, no Mediterrâneo e ainda na África Austral. A produção de banana tem vantagens assinaláveis ao assentar em baixos custos de exploração, dragagens e tarifas de exportação.

Para além destas quatro prioridades, Moçambique quer apostar também nas culturas de cana-de-açúcar, mandioca, algodão, frutas e vegetais, aves, castanhas de caju, pecuária e floresta.

Para todos estes produtos e respetivas cadeias de produção existe uma multiplicidade de linhas de crédito e financiamento promovidas por organizações como a CPI ou o Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (Gazeda).

São consideradas estratégicos investimentos na indústria de máquinas e equipamentos, na provisão de mecanização, incluindo a pulverização aérea, na promoção de seguros e outros instrumentos de mercado para gestão de riscos, no melhoramento do gado, na irrigação, na produção comercial, no processamento, no empacotamento, em sistemas de frio e silos, na agroindústria e ainda na comercialização.

O Fórum de Negócios Moçambique Portugal foi promovido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP – Portugal Global) e pela Embaixada Moçambicana em Portugal, e integrou a primeira visita de Estado do novo Presidente da República de Moçambique, fora de África.

Fonte: CPI/Gazeda 

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