Maioria dos países contra cofinanciamento das ajudas da PAC

A reforma da Política Agrícola Comum vai ser uma das principais prioridades da presidência da Estónia durante este segundo semestre.

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Esta reforma será realizada tanto no que se refere à revisão a médio prazo (Regulamento Omnibus), cuja aprovação está prevista para outubro, como do futuro da Política Agrícola Comum (PAC) depois de 2020, de acordo com as declarações do presidente da Estónia na primeira sessão do Conselho dos Ministros da Agricultura, na qual anunciou as prioridades da sua presidência.

Outros temas prioritários apresentados foram a situação do mercado e as negociações comerciais, com destaque também para a luta contra a resistência antimicrobiana, tema sobre o qual a presidência Estónia pretende organizar uma Conferência em novembro e ainda uma Conferência de Alto Nível para 4 e 6 de outubro sobre os solos, que visa debater a sua importância e futuro.

A sessão desta terça-feira foi longa e levou a debate um vasto número de temas.

O comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, expôs os resultados da consulta pública sobre a PAC, onde ficou evidente a aposta na sua continuidade e a manutenção do nível de vida dos agricultores, a adaptação ao ambiente e às alterações climáticas e poder de resposta às necessidades da sociedade.

O financiamento da PAC foi um dos temas importantes em discussão.

Num documento de reflexão elaborado pela Comissão Europeia (CE) sobre financiamento e com a identificação de cinco cenários possíveis, quatro eram com cofinanciamento dos Estados-membros.

Muitos países mantiveram a sua posição e defendem uma PAC com financiamento suficiente, o que para o comissário Hogan resultou como muito tranquilizador, tendo em conta que demonstra que os países querem uma política comum para todos, segundo assinalou o mesmo na conferência de imprensa posterior ao Conselho.

No entanto, Phil Hogan não deixou de insistir na necessidade de uma visão harmonizada entre todos os ministros da Agricultura e chefes de governo.

O responsável pela agricultura da União Europeia recordou ainda que as negociações com o Mercosul regressam no início de Setembro e que as expectativas destes países baixaram consideravelmente no que diz respeito ao objectivo de chegar a um acordo com o bloco europeu.

Sobre a rotulagem de origem dos ingredientes lácteos, Phil Hogan lembrou que o sistema estabelecido em França é apenas uma prova piloto que termina no próximo ano e que a Comissão está em desacordo com a existência de sistemas de rotulagem diferentes por países.

Em resposta à questão sobre as previsões de apresentação de uma proposta legislativa sobre a cadeia alimentar, Hogan recordou o seu compromisso de avançar com medidas que equilibrem e aumentem a transparência da cadeia, sem avançar com qualquer data para a apresentação do texto.

Fonte: Agrodigital

 

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